O músico António Zambujo, que tocará em todas as ilhas dos Açores em maio, diz ter já várias “ideias no ar” para o novo disco de originais a gravar precisamente após o périplo por este arquipélago português.
“Já há quatro anos que não faço músicas novas. Este [novo disco] será composto, não diria na totalidade, mas quase na totalidade por temas originais”, declarou Zambujo à agência Lusa.
O músico falava durante uma passagem pelos Açores para apresentar a digressão “Açoreana António Zambujo Tour 2018”, que levará o alentejano a todas as ilhas do arquipélago entre 02 e 20 de maio.
Ainda sobre o futuro novo disco, primeiro de originais em quatro anos, Zambujo disse ter “ideias no ar” que passam por introduzir, por exemplo, um piano ou guitarra elétrica nalguns temas, mas apenas na “pré-produção e depois em estúdio” se verá que caminhos levará o álbum.
Sobre os concertos nas ilhas açorianas, o músico afirmou que o alinhamento passará pelo seu repertório mas haverá “imenso espaço” para momentos de improviso ou pedidos inclusive das plateias.
“Não faço ‘setlists'”, revela, deixando ainda o objetivo de se encontrar com músicos açorianos em cima dos vários palcos que pisará.
Os concertos nos Açores serão dados a solo, apenas com guitarra – na semana passada o músico fez alguns pequenos ‘showcases’ para a imprensa nesse registo, primeiro na ilha de São Miguel e depois na ilha do Faial, junto ao vulcão dos Capelinhos.
A digressão na região autónoma arranca em 02 de maio em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, e termina em 20 do mesmo mês no Corvo, a ilha menos habitada do arquipélago.
Santa Maria (04 de maio), Faial (dia 06), Pico (dia 09), São Jorge (dia 11), Terceira (dia 13), Graciosa (dia 16) e Flores (dia 18) são, por ordem, as ilhas que receberão atuações do músico entre a primeira data, em São Miguel, e a última, no Corvo.
António Zambujo, Prémio Amália Melhor Intérprete, em 2006, editou até ao momento seis discos de originais, um álbum ao vivo e um trabalho onde interpreta canções de Chico Buarque, “Até Pensei Que Fosse Minha”, editado em 2016.
Segundo Caetano Veloso, António Zambujo, de 42 anos, “é um jovem cantor de fado que faz pensar em João Gilberto” e “é de arrepiar e fazer chorar”.
O seu percurso musical tem sido trilhado entre o Fado e o Cante Alentejano.
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