O Parlamento Açoriano aprovou por unanimidade o projeto de resolução do PSD/Açores que recomendava ao Governo Regional a adoção de medidas para garantir a regularidade e a estabilidade no funcionamento do serviço de Suporte Imediato de Vida (SIV) no Faial.
No diploma entregue à Assembleia Legislativa dos Açores a 12 de janeiro e aprovado esta quarta-feira, os social-democratas açorianos apelaram a “um diálogo imediato com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial, ilha onde se verificam frequentes períodos de paragem do referido serviço”, afirmou Carlos Ferreira na apresentação que antecedeu a votação da iniciativa, reforçando o parlamentar que “os períodos de inoperacionalidade” registados no serviço SIV em algumas ilhas, nomeadamente no Faial, configuram uma situação que “pode colocar em risco a vida das pessoas”.
Nesta ilha em concreto foram ao longo do último ano frequentes os períodos de paragem, e mesmo nos dias em que funcionou, o turno 08h00-16h00 só se iniciou após a chegada do condutor que vem de outras ilhas, acusou o deputado social-democrata.
Segundo o Secretário Regional da Saúde existe já uma proposta de regulamentação para o modelo de funcionamento do serviço SIV dos Açores, que vai ser negociada com as associações humanitárias de bombeiros, e na qual o Faial está englobado.
Rui Luís adiantou que a resposta pode ser dada nos moldes atuais, com uma viatura SIV, com um tripulante e um enfermeiro, que acorre ao local sem fazer o transporte do doente, ou, em alternativa, em determinadas ilhas e turnos, podem ser disponibilizadas ambulâncias de socorro munidas de um tripulante e de um enfermeiro, ressalvando que, “para implementar este serviço, há que haver formação de recursos humanos e isso não se consegue de um dia para o outro”.
Na sua intervenção Rui Luís anunciou ainda que a contratação de tripulantes a recibo verde poderá ser ultrapassada com “a contratação direta desses profissionais pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, passando esse ónus para as associações humanitárias ou com uma situação mista”.
O Secretário Regional frisou a dificuldade em chegar a um modelo único a todas as ilhas, dada a “orografia e as distâncias”, ressalvando que a revisão deste modelo, a funcionar desde 2012, “terá de passar por um período transitório de adaptação, tal como proposto pelas próprias associações de bombeiros”.