“Este resultado para o CDS é uma derrota, nós esperávamos, pelo trabalho desenvolvido no Parlamento pelos nossos deputados, um crescimento, que não se verificou e que se deveu sobretudo, analisando os resultados eleitorais, a uma forte bipolarização”, frisou, numa declaração política, na sede do partido.
O CDS obteve nestas eleições 6.106 votos, correspondentes a 5,67 por cento, quando em 2008 havia tido 7.853 votos, equivalentes a 8,70 por cento, perdendo com este resultado dois deputado, um na ilha das Flores e outro em S. Miguel e mantendo um parlamentar na ilha Terceira, um em S. Jorge e outro pelo círculo de compensação.
Artur Lima admitiu também que as medidas do Governo da República “não foram nada úteis” e acrescentou que o “clima de dependência da sociedade açoriana” contribuiu igualmente para o resultado, considerando que “se os açorianos tivessem avaliado o trabalho dos deputados, o CDS tinha tido um resultado muito superior a esse”.
“Os partidos de menor dimensão como o CDS não têm juntas de freguesia, não têm câmaras municipais, não têm aparelhos no terreno e naturalmente isto reflete-se”, frisou, acrescentando que o partido não sentiu “nas ruas” que teria este resultado.
Sobre um resultado do Bloco de Esquerda superior ao CDS na ilha de S. Miguel, o candidato centrista disse que “a sociedade açoriana virou muito à esquerda”, escusando-se a justificar a perda do lugar como terceira força política na maior ilha do arquipélago.
O líder regional centrista afastou um cenário de demissão, garantindo ter “todo o apoio do partido como até agora”, mas disse que vai “reunir a comissão diretiva e ouvir o partido”.
Lusa