O líder do CDS-PP, Paulo Portas, tem repetidamente elogiado os resultados obtidos por Artur Lima nas últimas eleições regionais nas quais o partido passou de 2 a 5 deputados no Parlamento Regional. Maria da Assunção Cristas integra actualmente a comissão política nacional e foi um dos “rostos da renovação” no anterior Congresso. Filiou-se no CDS-PP após a campanha pelo “não” à despenalização do aborto no referendo aceitando um convite de Paulo Portas. Assunção Cristas foi a coordenadora da proposta de orientação política, económica e social cujo primeiro subscritor é Paulo Portas e subiu ontem à tribuna do Congresso para defender a moção. O deputado Nuno Melo, ex-líder parlamentar e vice-presidente da Assembleia da República, deverá deixar o cargo de porta-voz do CDS-PP para assumir a vice-presidência, de acordo com fonte democrata-cristã e o deputado Telmo Correia deverá encabeçar uma lista para um dos órgãos nacionais – congresso, conselho nacional ou conselho de jurisdição. O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, terá, por inerência do cargo, o estatuto de vice-presidente do partido. Os Estatutos que foram ontem à noite aprovados prevêem a eleição, em congresso, de até cinco vice-presidentes. As eleições decorrem hoje de manhã.
Os líderes do CDS-PP dos Açores e da Madeira defenderam ontem no XXIII Congresso que o partido deve concorrer sozinho às próximas eleições legislativas. “Não temos qualquer quota no laranjal nem acções no roseiral”. A nossa coligação está feita e o parceiro é o povo português”, afirmou Artur Lima, líder do CDS nos Açores. “O CDS deve concorrer sozinho às eleições defendendo os seus próprios projectos” e constituindo uma alternativa ao PS e ao PSD, disse Artur Lima na sua intervenção no congresso. No mesmo sentido, José Manuel Rodrigues, presidente do CDS/Madeira, afirmou que “a coligação deve ser feita com os portugueses, com os desempregados, empresários em dificuldades, agricultores, pescadores, idosos e a classe média a empobrecer”. José Manuel Rodrigues disse ainda que o CDS-PP não pode ser “nem bengala do PSD nem muleta do PS”.