Artur Lima critica estratégia errada na área do turismo

O presidente do CDS-PP nos Açores, Artur Lima, afirmou esta quinta feira que o setor turístico na região enferma de vários males devido a uma estratégia errada de promoção e a uma política de subsidiodependência que teve péssimos resultados.

 

“Investem-se milhões de euros numa promoção que vai desde as vacas no Marquês de Pombal (em Lisboa) até às escolas primárias do continente com os meninos a dizer: mamã leva-me aos Açores”, afirmou Artur Lima, considerando que “nunca se apostou numa promoção objetiva e criteriosa do turismo nos Açores e da região como um destino”.

Artur Lima, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada no final de um almoço com membros do Skal Clube dos Açores, organismo de profissionais ligados ao setor do turismo, criticou as “dezenas e dezenas de milhões de euros que foram gastos”.

“A promoção está dispersa por diversas entidades não articuladas entre si, que são autênticos sorvedouros de dinheiro”, frisou, assegurando que, caso o CDS-PP vença as eleições regionais de outubro, pretende “corrigir a situação”, apostando no “turismo interno e em mercados com algum poder de compra e ligações afetivas aos Açores”, como os EUA e o Canadá.

Artur Lima defendeu a necessidade de fundir “as várias entidades que para aí existem” na área da promoção turística, considerando ainda que “é preciso apostar na promoção do turismo temático, de lagoas ou de património mundial”, como é o caso do Centro Histórico de Angra do Heroísmo, na Terceira, e da cultura da vinha, no Pico.

“A ideia do CDS é que o destino turístico Açores vende-se, não se oferece, e o que o Governo Regional tem feito há 16 anos é oferecer o destino Açores com péssimos resultados, investindo 25 ou 30 milhões na promoção para ter depois uma receita marginal”, afirmou.

Artur Lima criticou também o apoio dado pelo executivo regional socialista a algumas unidades hoteleiras “megalómanas, que depois vieram dar o resultado que deram”, apontando o caso do Hotel Casino em Ponta Delgada, cujas obras estão paradas há mais de três anos.

O presidente do CDS-PP nos Açores também criticou “a subserviência de alguns empresários que, para receberem alguns subsídios, fizeram as vontadinhas ao Governo”, frisando que cabe ao executivo “atuar como um regulador do mercado”.

“Há que satisfazer alguns amigos e, por isso, vai criando uma instituição aqui, um organismo acolá e depois ainda temos uma Direção Regional de Turismo que não percebo o que faz, além de andar a passear e a entregar prémios”, afirmou o líder regional do CDS-PP.

 

LUSA

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