O Presidente e Líder Parlamentar do CDS-PP Açores Artur Lima manifestou, esta quinta-feira, ao Presidente do Governo Regional dos Açores a disponibilidade do seu Partido para encetar um processo que conduza a uma reforma do Serviço Regional de Saúde reforçando “os cuidados primários e de proximidade” e acabando com o “hospital-centrismo”.
Numa audiência com Carlos César, no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, Artur Lima elogiou e apoiou as recentes decisões do Secretário Regional da Saúde, lamentou atitudes corporativistas e defendeu que a disponibilidade do seu Partido em repensar o Serviço Regional de Saúde (SRS) tem dois objectivos claros: “colocar o doente no centro das preocupações e garantir a sustentabilidade do Serviço daqui para o futuro”.
“A saúde não deve ter cor partidária. É preciso começar a pensar numa reforma do SRS para que ele esteja ao serviço dos Açorianos. É necessário rever o regime de prevenções, como é necessário reforçar os cuidados primários e os cuidados de proximidade. Esperamos que outros também possam participar neste debate”, afirmou.
O Dirigente popular considerou que o SRS “foi uma das maiores conquistas da Autonomia”, mas assegurou também que “no tempo actual é preciso que o Governo, os Partidos Políticos e os profissionais de saúde tenham consciência que é preciso um esforço comum para garantir a sustentabilidade do SRS”.
“Foi um contributo que viemos hoje apresentar ao Sr. Presidente do Governo. O CDS-PP sente-se particularmente à vontade para manifestar esta disponibilidade porque temos criticado, mas também temos contribuído com proposta concretas”, lembrou Artur Lima apontando os casos do Vale Saúde, do Enfermeiro de Família, do COMPAMID e do novo regime de bolsas de estudo para médicos de medicina geral e familiar – propostas dos populares aprovados pela maioria socialista nos últimos três anos.
Artur Lima elogiou e apoiou, por outro lado, as recentes decisões do Secretário Regional da Saúde, visando a contenção de gastos no sistema de saúde da Região, dizendo que Miguel Correia tomou “uma atitude de coragem”, e frisou que “não podemos aceitar alguns movimentos corporativistas”, indicando que existem “profissionais de saúde que recebem 150 a 200 mil euros por ano”, muitas vezes em prevenções que têm poucas chamadas.