“O matadouro público de Ponta Delgada [ilha de São Miguel] pratica preços de abate por ave a 11 cêntimos e os privados não conseguem fazer esses preços e têm de fazer à volta de 30 cêntimos”, referiu, em declarações aos jornalistas, após visitar uma empresa privada de abate de aves na Praia da Vitória, ilha Terceira.
Artur Lima acusa o matadouro do Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA) de praticar preços “300 por centro mais baratos” do que os praticados pelos matadouros das ilhas Terceira e Pico, sendo que os frangos são distribuídos nas mesmas superfícies comerciais.
“Não aceitamos que seja uma entidade pública como o IAMA, com a bênção do Governo Regional dos Açores, a fazer concorrência desleal a uma entidade privada, que ainda por cima teve subsídios públicos”, frisou, referindo-se à empresa que visitou.
Para o líder regional centrista, “a função do Governo é regular o mercado, não desregular e muito menos fazer concorrência desleal a privados e ‘dumping’”.
Por isso, propôs que o executivo dê condições iguais às empresas de abate de aves, “financiando o privado ou aumentando os preços do matadouro público, que não são revistos há nove anos”.
Segundo Artur Lima, a “política anti-coesão” do executivo regional do PS poderá provocar um aumento do desemprego, a julgar pela empresa que visitou na Praia da Vitória, que já teve prejuízos este ano.
O líder do CDS-PP nos Açores voltou ainda a criticar a falta de “um transporte eficaz, eficiente e barato” entre as ilhas, que impede, por exemplo, Flores e Corvo de receberem frango fresco, entre outros produtos.
Nesse sentido, defendeu novamente a aquisição de um avião minicargueiro, “que custa 600 mil euros e que consegue fazer preços por quilo de carga aérea a 30 e poucos cêntimos”.
Lusa