Artur Lima, que é também vice-presidente nacional do CDS-PP, acusou o executivo de José Sócrates de ter ignorado “todos os sinais” em 2009 porque pretendia “ganhar eleições a todo o custo e sem olhar a meios para atingir os fins”.
“Foi o tempo das previsões falaciosas, desmascaradas posteriormente pelos resultados alcançados”, frisou, acusando também o PSD por ter sido “o avalista de Sócrates”.
Para Artur Lima, “ambos os partidos fizeram uma gestão calculista e eleitoralista”.
“O PS sem novidade e com Sócrates no seu melhor estilo propagandístico. O PSD sabendo dos números, conhecendo a realidade (…) numa gestão igualmente calculista e eleitoralista e de promoção da imagem do seu novo líder, sempre fazendo do cinismo, seriedade”, acrescentou.
O líder parlamentar do PP/Açores considerou que, depois da rejeição do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 4, “começou a odisseia de Coelho em ir ao pote”, acusando o presidente do PSD de “não olhar a meios para atingir os fins”, como é o caso da “cedência a Fernando Nobre num descarado arranjinho eleitoral”.
“O PSD não está só com sede de ir ao pote, está com fome de ir ao tacho”, frisou Artur Lima, defendendo que “há outro caminho e outra forma de fazer as coisas”.
Na resposta, o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD/Açores, Clélio Menezes, frisou que o partido “sempre fez tudo para evitar a crise”, recordando que os social-democratas são criticados pelo CDS/PP por terem apoio do PS, mas também são acusados pelo PS pela actual situação.
Por seu lado, o vice-presidente da bancada parlamentar do PS/Açores, Hernâni Jorge, assegurou que os socialistas vão continuar a defender os interesses dos Açores junto do Governo da República, questionando se os restantes partidos “estão dispostos a fazer o mesmo”.