Foi ontem apresentado em São Miguel, por Teresa Medeiros, propositadamente no Dia Internacional da Mulher, a obra “Vidas – Mulheres Açorianas”, atividade desenvolvida pela Escrita Criativa da Delegação Açores da Associação de Solidariedade Social dos Professores, que decorreu na Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, livro editado pela Publiçor/Letras Lavadas e coordenado por Ângela Furtado-Brum.
“Vidas – Mulheres Açorianas”, obra prefaciada pelo escritor Urbano Bettencourt, é uma antologia biográfica de dezoito mulheres açorianas ou que viveram nos Açores, a quem é reconhecida a paixão pelo ensino e educação, pela cultura e artes, pela sua força, coragem e amabilidade na sua luta pelas dificuldades da vida, estas mulheres, umas (re)conhecidas pela sociedade açoriana, outras anónimas, mulheres comuns do quotidiano, mas amadas e respeitadas na localidade onde viveram, todas elas, à sua maneira, contribuíram para o bem-comum e fizeram do seu mundo um lugar melhor.
O livro em apreço “é a prova da capacidade de trabalho da Associação de Solidariedade Social dos Professores, que cumpre um propósito que é o propósito das sociedades modernas, que é o de promover, com a sua ação, a Educação ao longo da vida”, manifestou no seu lançamento o Vice-presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, considerando que esta é uma “associação de professores e não de professores aposentados. Ser professor não é apenas uma profissão. É uma forma de estar na vida. E estes professores bem provam que quem o é nunca deixa de o ser”.
“Para ensinar, é preciso saber. Para saber, é preciso aprender. A Associação de Solidariedade Social dos Professores mostra que o aprender não tem tempo, nem idade” – enalteceu.
Elogiando o trabalho dos oito autores do livro, Fernando Marques Fernandes destacou o valor das biografias, porque dão a conhecer histórias, que podem servir de exemplo para o futuro. “Os oito autores que produziram 18 biografias foram, também eles, obreiros exemplares de um repositório do conhecimento de 18 mulheres, dando conta de vidas que podem ser testemunhos para outras mulheres, cujas vidas merecem ser conhecidas, porque esse conhecimento pode contribuir para o progresso” – sustentou.
Sobre o livro, salientou ainda que “não podia ser mais jubilosa a data de escolha para o seu lançamento (Dia Internacional da Mulher), numa cerimónia que é a expressão do reconhecimento da mulher. A mulher contém em si todos os predicados e as virtudes humanas, com uma diferença: a sua polivalência”.
“Vidas – Mulheres Açorianas” dá a conhecer, com um outro olhar, Alice Atayde, Amélia Enes, Ana Braga, Ângela Alonso, Cecília do Amaral, Cecília dos Santos, Djuta Ben-David, Silvina ‘Iracema’ de Sousa, Leonor Frazão, Margarida Garcez, Maria do Rosário Nascimento, Maria Teodora Borba, Mère Paul du Christ, Natália Almeida, Natália Correia, Olga Lopes, Regina Tristão da Cunha e Rosa Fontes.