A presidente da Associação Alzheimer Açores (ALZA), Berta Couto, defende a necessidade da realização de um levantamento rigoroso dos casos desta patologia neurodegenerativa.
O estudo, segundo a presidente da ALZA, tem que ser “baseado na confiança dos familiares, porque há alguns que não querem denunciar que têm um doente de Alzheimer na família”.
“É uma questão cultural”, frisou tendo salientado que este levantamento também permitirá evitar casos de “duplicação” de doentes aquando da sua inscrição nas unidades de saúde.
Berta Couto revelou que a associação “já tentou fazer um estudo, mas são números sem rosto”.
Nesse sentido, advogou a necessidade de se fazer “um levantamento com rosto para se conseguir um acompanhamento e atendimento capaz de solucionar muitos problemas inerentes às dificuldades dos cuidadores e famílias”.
Nos Açores estão referenciadas cerca de 120 pessoas com Alzheimer.
Berta Couto falava à margem da Conferência ‘Alzheimer: Doença do Século’, que assinalou na terça-feira, em Ponta Delgada, o quinto aniversário desta instituição particular de solidariedade social.
Na ocasião secretário regional da Saúde, Miguel Correia, anunciou que o executivo açoriano vai apoiar a construção de uma unidade privada com 24 camas para doentes com Alzheimer.
Miguel Correia salientou que “estão protocoladas mais de 200 camas no arquipélago”, em unidades de saúde e lares de idosos para dar resposta a uma fase mais aguda desta doença.
A doença de Alzheimer, que evolui para a demência, provoca uma deterioração progressiva de diversas funções cognitivas, entre as quais a memória, atenção, concentração, linguagem e pensamento.
