“Mantínhamos um bom diálogo com a anterior administração dos ENVC e sempre conseguimos encontrar plataformas para acolher as dificuldades de pagamento verificadas”, afirmou Carlos Reis, acrescentando que já existe “um prazo dilatado de mora”.
Na sequência da situação, o presidente da Atlânticoline admitiu que a empresa, responsável pelo transporte marítimo de passageiros e viaturas entre as ilhas dos Açores, “não pode aguardar muito mais tempo”.
Segundo Carlos Reis, a empresa açoriana “não quer enveredar pelo caminho da execução e da penhora”.
“Compreendemos a situação difícil, mas não podemos prescindir do efetivo pagamento do valor em dívida”, frisou.
O Governo Regional dos Açores e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo anunciaram a 23 de dezembro de 2009 um acordo relativo aos navios Atlântida e Anticiclone, pelos quais a empresa nortenha pagaria 40 milhões de euros à Atlânticoline em várias prestações.
Este processo teve início quando o Governo dos Açores encomendou aos ENVC a construção do Atlântida e do Anticiclone, que seriam utilizados na operação de transporte marítimo de passageiros entre as ilhas do arquipélago.
Na sequência dessa encomenda, o executivo açoriano já tinha pago 37,3 milhões de euros quando, em abril de 2009, decidiu rejeitar o primeiro navio que ficou concluído – Atlântida – por não cumprir os requisitos contratuais.
A decisão surgiu depois de terem sido conhecidos os resultados do teste de mar realizado pelo navio.
O diferendo relativamente a este navio levou os ENVC a suspender o processo de construção do Anticiclone.
Em junho de 2009 o Governo Regional e os ENVC iniciaram negociações para encontrar uma solução, que acabou por ser alcançada em dezembro desse ano.