De acordo com o semanário, este navio que Governo açoriano encomendou para assegurar as ligações interilhas “está atrasado um ano e, apesar de novo, tem mais defeitos que um velho”. Diz também que foi contratado por 40 milhões mas o seu valor de custo já se estará a aproximar dos 50 milhões. O Expresso adianta ainda que o navio ainda não foi certificado para a navegação por terem sido detectadas mais de uma centena de anomalias, algumas delas relacionadas com questões de segurança.
Em reacção à notícia, a AtlânticoLine, a empresa de capitais públicos que contratou com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo a construção do novo ferry, fez saber que “neste momento, as questões suscitadas no relatório do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) encontram-se já solucionadas ou em vias de solução”.
Ainda que sem precisar valores sobre a derrapagem no valor contratualizado, a empresa açoriana assegura que contratou com os Estaleiros de Viana a construção de um navio ferry com determinadas características” e conta receber “um navio com essas características” a tempo de participar na operação de 2009, que se inicia a 13 de Maio.
Os Estaleiros de Viana, por sua vez, também através de comunicado, explicam que os meios de salvamento existentes a bordo são suficientes para mil pessoas (o que excede a capacidade de lotação do navio). O construtor assegura igualmente que o navio tem condições para operar nos portos previstos no contrato e que vai atingir a velocidade dentro dos limites fixados. Já no que respeita à estabilidade, os Estaleiros de Viana asseguram que esta está intacta e assegurada “em avaria de acordo com as regras aplicáveis a este navio”. O comunicado refere ainda que o Atlântida será entregue a tempo de iniciar a operação em Maio.
Luísa Couto (in AOriental)