“Deveu-se nomeadamente a dois fatores – umas situações em São Jorge e nas Flores, que tiveram a ver com infiltração de água nas habitações, com o levantamento das telhas, e depois temos a situação de 19 pessoas na cidade da Horta, que necessitaram ser realojadas, porque houve galgamento do mar na zona da Avenida 25 de Abril”, adiantou aos jornalistas o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, Carlos Neves.
Também o número de ocorrências aumentou para 93, tendo a maior parte sido registada na ilha do Faial (43).
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) dos Açores declarou hoje que o período crítico do furacão “Lorenzo” decorrerá até às 09:00 da região (10:00 em Lisboa), afetando maioritariamente a ilha das Flores e do Corvo.
“O centro do furacão já passou” a oeste da ilha das Flores, e encontra-se a caminho de norte/noroeste, “com tendência a afastar-se” progressivamente da ilha do grupo ocidental, declarou a meteorologista Vanda Costa à agência Lusa, falando pouco depois das 05:30.
Para as ilhas das Flores e do Corvo (grupo Ocidental), previa-se vento sueste rodando para noroeste com rajadas na ordem dos 190 km/hora (com uma probabilidade de 40% de a rajada máxima ser superior a 200 km/h), chuva por vezes forte e ondas de sul passando a sudoeste, com altura significativa entre 10 e 15 metros. A altura máxima de onda pode atingir os 25 metros.
A rajada mais forte registada até ao momento pelo IPMA foi de 163 km/h, no Corvo.
Já para o grupo Central (Pico, São Jorge, Faial, Graciosa e Terceira) eram esperados vento sudoeste com rajadas até 160 km/h, períodos de chuva e ondas de sudoeste passando a oeste com altura significativa entre nove e 12 metros, podendo a altura máxima de onda atingir os 22 metros.
Nas ilhas do grupo Oriental – São Miguel e Santa Maria – deve haver vento sul rodando para oeste com rajadas até 100 km/h, períodos de chuva e ondas de sudoeste com altura significativa entre sete e nove metros.
Lusa