Aumento da criminalidade violenta é “muito preocupante”

A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, considerou “muito preocupante” o aumento da criminalidade violenta no arquipélago ocorrido em 2010, afirmando que a situação de crise no país “está a acentuar a insegurança”.
“É muito preocupante o aumento da criminalidade, sobretudo a violenta, nos Açores, mas não podemos esquecer que é fruto da situação que se está a viver” no continente e nos Açores, afirmou Berta Cabral.

Para a líder regional social democrata, “uma situação de crise conduz sempre a desemprego, a situações sociais complexas que se manifestam na mais variada ordem”.

Berta Cabral, que falava à margem de uma aula na Escola Secundária Antero de Quental integrada nas comemorações do 465.º aniversário da cidade de Ponta Delgada, comentava os dados do Relatório Anual de Segurança Interna, que indicam que os crimes graves e violentos aumentaram 12,9 por cento nos Açores em 2010.

No ano passado, foram participados às forças de segurança da região 271 crimes violentos, apesar de o número total de crimes no arquipélago ter baixado 0,2 por cento.

Para Berta Cabral, o “agravamento da insegurança” está relacionado com “a situação económica”, criticando “alguns governantes que se gostam de desresponsabilizar”.

“Grande parte das receitas da região provém do Orçamento do Estado e, quando o Estado está mal, a região não pode estar bem. Temos que encarar a realidade e não iludir”, afirmou, alertando que “os Açores estão a atravessar uma situação muito complexa, com uma enorme taxa de desemprego”.

Para melhorar a segurança no arquipélago, Berta Cabral defendeu o aumento dos efectivos policiais, mas frisou que “o problema se resolve acima de tudo com o relançamento da actividade económica e a criação de mais emprego” e “não apenas com programas ocupacionais para disfarçar o emprego”.

“O governo é para tomar as medidas certas e, dentro do que está ao seu alcance, atenuar e minimizar os impactos negativos da crise e, mesmo que se diga que os tribunais e as policias dependem do Governo da República, o interlocutor direto entre a região e a República é o governo regional”, afirmou.

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