A ausência de um representante açoriano pelo PSD/A no cenário Europeu “deixou de ser uma questão partidária, e interna”, considerou hoje o candidato do PS pelos Açores ao Parlamento Europeu, sublinhando André Bradford que agora “a representatividade política dos Açores na União Europeia ganhou outros contornos”.
Assumindo que os Açores seriam beneficiados com a presença de duas vozes em sua defesa na Europa, e relembrando que a ausência de um candidato da Região, pelo PSD, representa perder uma voz açoriana no maior partido do Parlamento Europeu, Bradford garante uma presença política, forte e empenhada, garantindo que será uma fonte de agregação das vontades dos Açorianos na Europa.
O candidato do PS apelou à participação nas eleições, assumindo que “não podemos prescindir de ninguém neste esforço de levar as pessoas a votar”. “Está em causa o futuro da Região”, defendeu, “é tanto mais forte a voz política dos Açores quanto maior for a participação eleitoral, seja qual for o partido em que as pessoas votem”, afirmou.
“Custa-me aceitar que alguém prescinda de fazer esse esforço, quando tem responsabilidades politicas reconhecidas”, disse, defendendo que “ agora trata-se de fazer uma campanha para fortalecer a voz politica dos Açores, não se trata de uma campanha para disputar votos, mas vim para juntar votos em nome da representação politica em Bruxelas”.
André Bradford reconhece a responsabilidade acrescida de ser agora “o candidato a representar os Açores da forma mais ampla possível em Bruxelas”, papel que garante ir assumir com todas as suas “capacidades e eventuais limitações”.
A decisão de Rui Rio, atual presidente do Partido Social Democrata, de não “oferecer” a Mota Amaral um lugar elegível na lista às eleições europeias, que se realizam no próximo mês de maio, abriu caminho a que pela primeira vez em 30 anos, os Açores tenham apenas um representante no Parlamento Europeu.
SM/Açores 24Horas
