Autarca de Ponta Delgada comunica à Comissão Europeia intenção de demolir obras paradas

O presidente da Câmara de Ponta Delgada, José Bolieiro, anunciou hoje que vai comunicar à Comissão Europeia o estado das obras paradas na Calheta, informando-a da intenção da autarquia de, quando for jurídica e financeiramente possível, “demolir aquelas galerias”.
O movimento “Queremos a Calheta de volta”, de Ponta Delgada, tem vindo a alertar sucessivamente para a necessidade de “acabar com a vergonha que está montada” na zona da Calheta, na cidade de Ponta Delgada, onde estão paradas as obras de um casino, um hotel e um centro comercial.
Na cerimónia de instalação da assembleia municipal e da câmara, José Bolieiro frisou que assumiu “um compromisso público, claro e inequívoco”, que confirmou ao movimento “Queremos a Calheta de volta” e que “será cumprido de imediato”.
Segundo o presidente da maior autarquia dos Açores, entre as ações do seu executivo está um pedido para uma reunião de trabalho com o presidente do Governo Regional sobre a matéria, pretendendo também a autarquia “contratar os serviços jurídicos necessários para avaliação integral dos poderes para imediata intervenção, designadamente posse administrativa”.
A obra do Hotel Casino, parada há cerca de três anos, pertence ao grupo Asta Atlântida, Sociedade de Turismo e Animação, SA, que resultou de uma parceria entre o Grupo Paim e o Grupo Martins Mota, tendo este último sido substituído pelo Grupo Machado.
Em maio, a Lusa contactou o Grupo Paim, que disse esclareceu que, através “de negociações” com o Grupo Machado, “foi possível elaborar um plano estratégico” para a sociedade e a “submissão de um processo especial de revitalização”.
   José Bolieiro adiantou ainda que vai iniciar em novembro contactos para a instalação do Observatório Municipal para o Trabalho e Emprego e “concertar com os empresários e Governo Regional uma estratégia de interesse comum para a animação de um programa de Natal atrativo e mobilizador”.
Quanto ao reforço dos meios financeiros para as juntas de freguesia, “no triplo do valor referência de 2012”, disse que será iniciada “em novembro a negociação com todas as freguesias para a celebração dos contratos de delegação de competências e acordos de execução, nos termos da nova lei”.
O autarca avançou ainda que vai “iniciar de imediato” conversações para protocolar a cedência integral da gestão do edifício municipal que também serve de sede da Junta de Freguesia de Santa Clara, na sequência do “desafio” que lhe foi formulado pelas candidaturas à Assembleia de Freguesia de Santa Clara.
Bolieiro era já presidente da Câmara de Ponta Delgada desde agosto de 2012, quando substituiu Berta Cabral e, nas eleições de 29 de setembro, manteve a autarquia em mãos sociais-democratas, com maioria absoluta.
Na tomada de posse, que contou com Berta Cabral, José Bolieiro considerou a antiga presidente da autarquia “uma referência regional e nacional no poder local”.
O autarca social-democrata reiterou que pretende levar a cabo uma gestão assente no “diálogo, concertação”, e “falar a verdade”.
O autarca afirmou ainda que a Câmara Municipal de Ponta Delgada “não é uma sede partidária, nem um centro de contrapoder”, para voltar a assegurar “colaboração e consensos” com o Governo Regional socialista.

 

Lusa

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