Álamo Meneses, que foi secretário regional em quatro governos dos Açores, foi apresentado na sexta-feira à noite como candidato do PS à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, defendendo uma maior centralidade da ilha Terceira.
“Este é um projeto que visa realmente dar força a Angra, criar centralidade em Angra, tornar esta ilha uma ilha com futuro”, salientou, acrescentando que a Terceira “tem de ter um papel central e reforçado na política, na economia, na cultura, na sociedade, em todos os aspetos da vida açoriana”.
Para o candidato, Angra do Heroísmo “já foi e deve continuar a ser um dos principais centros” do arquipélago.
Álamo Meneses prometeu ter uma voz “firme e respeitável” à frente do concelho e defender os interesses da ilha acima de tudo.
“Comigo na câmara, o nosso concelho não estará de maneira nenhuma disponível para aceitar menorizações, paternalismos, esvaziamentos ou centralismos, sejam eles de Lisboa ou de outra qualquer ilha ou de outra qualquer terra”, frisou.
Dirigindo-se à coligação PSD/CDS, que defronta na corrida à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, o candidato rejeitou os rumores de que poderá abandonar o cargo para concorrer a outras eleições.
“Vamos ganhar estas eleições e eu vou ser presidente durante quatro anos e vou levar o meu mandato ao fim, custe o que custar”, salientou.
Apontando o desemprego como “principal preocupação”, Álamo Meneses salientou que a candidatura socialista pretende dar “prioridade” à componente social e económica da ação autárquica.
Nesse sentido, prometeu “reduzir o valor das taxas cobradas ao mínimo que a lei permitir”, reduzir a burocracia, apostar na requalificação urbana e colaborar com o executivo açoriano na criação de uma incubadora de empresas no parque tecnológico da ilha.
O candidato defendeu que é preciso “virar a cidade de Angra ainda mais para o mar”, considerando que “o Porto de Pipas tem de voltar a acolher a pequena capotagem insular”.
Álamo Meneses frisou que a autarquia “tem de fazer uma defesa intransigente a todas as suas freguesias”, propondo também “parcerias com outras cidades internacionais”.
Para o candidato, é necessária também uma intervenção no combate às térmitas e à degradação urbana, bem como uma “política cultural e desportiva que privilegie o apoio aos criadores locais”.
“Não vale a pena num cartaz qualquer gastar mais recursos do que aquilo que disponibilizamos durante o ano inteiro para os nossos criadores”, frisou.
Na freguesia de São Sebastião, uma das mais distantes da cidade, Álamo Meneses apresentou também os cabeças de lista do PS às 19 freguesias do concelho, tendo como candidato à presidência da assembleia municipal o atual presidente, Ricardo Barros.
Sérgio Ávila, secretário coordenador de ilha do PS na Terceira e vice-presidente do Governo Regional, defendeu que a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo precisa de uma “maioria estável”, lembrando que, apesar de o PS ter ganhado as últimas eleições, quem teve maioria na vereação da autarquia angrense foi a coligação PSD/CDS.
Ávila, que foi também presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, considerou que uma vitória socialista no município pode também dar “um sinal ao país”, alegando que se estará a dizer “não” à mesma coligação que governa Portugal.
A autarquia angrense foi ganha em 2009 pelo PS, mas a autarca Andreia Cardoso abandonou o mandato a meio, por razões pessoais, sendo substituída por Sofia Couto, quarta na lista.
Lusa