Autárquica​s: Candidato PS nas Lajes do Pico apela a fim de “guerra” entre as autarquias PSD e Governo

O candidato do PS à Câmara Municipal das Lajes do Pico, nos Açores, apelou hoje ao fim da “guerra habitual” entre as autarquias do PSD e o Governo Regional socialista.
Roberto Silva, que falava na apresentação da candidatura do PS aos órgãos autárquicos do concelho, numa cerimónia relizada no centro da vila das Lajes do Pico, defendeu a necessidade de manter a “união” e a “colaboração” entre o município e o Governo.
“Este concelho e esta ilha precisam desta colaboração e não da guerra habitual que as câmaras municipais do PSD fazem contra o Governo Regional”, sublinhou o candidato, que preside há quatro anos, aos destinos do concelho.
O autarca socialista, que se recandidata a um segundo mandato, teceu duras críticas ao candidato do PSD, que foi presidente da Câmara durante mais de uma década, mas que abandonou a autarquia para assumir o cargo de deputado à Assembleia Legislativa dos Açores.
“A 29 de setembro, o seu voto vai permitir a recandidatura do PS, que está com os dois pés só na Câmara, e não daqueles que têm um pé no Faial e outro no Pico”, ironizou Roberto Silva, numa alusão ao candidato do PSD, Cláudio Lopes, que tem de viajar para a ilha vizinha, onde está a sede do Parlamento.
O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, aproveitou as críticas ao PSD, para perguntar aos lajenses se pretendiam  continuar a apoiar o projeto inovador levado a cabo por Roberto Silva, ou se pretendiam que o concelho das Lajes do Pico voltasse aos “protagonistas do passado”.
“Isto não é um projeto para pegar agora e largar mais tarde, consoante o calendário político pessoal! Não é um projeto apenas para quando dá jeito!”, apontou Vasco Cordeiro, recordando que o atual presidente do município, e recandidato nestas eleições autárquicas, “está a 100 por cento no concelho!”
O líder regional socialista apontou depois baterias para Lisboa, lembrando que a 29 de setembro não vai estar em causa apenas a gestão dos municípios, mas também o “desgoverno da República” e as suas medidas de austeridade.
“O importante é saber se querem dar mais força aos partidos que no desgoverno da República trazemn cada vez mais austeridade, que querem aumentar impostos e que cortam na pensões, atacando os reformados e os pensionistas”, sublinhou Vasco Cordeiro.
Para o líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional, o voto nas eleições autárquicas deve representar, por tudo issso, um “sinal de basta” ao Governo de Passos Coelho.
Recorde-se que o PS detém a presidência da maioria das 19 câmaras municipais dos Açores.

 

 

Lusa

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