O candidato do PSD/PPM à Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, nos Açores, Rui Melo, vai recorrer para o Tribunal Constitucional do ato eleitoral de 29 de outubro, devido às “ilegalidades” que envolveram o escrutínio.
“Lamento com tristeza o que está a acontecer. Pelos registos transcritos na ata da Assembleia Geral de Apuramento, os factos demonstram que as eleições não foram livres nem transparentes”, declarou Rui Melo à agência Lusa.
A Assembleia de Apuramento Geral decidiu hoje pela validação dos resultados eleitorais de domingo em Vila Franca do Campo, que deram a vitória ao candidato socialista, Ricardo Rodrigues, atual deputado na Assembleia da República.
Rui Melo, que já presidiu à câmara pelo PSD e é atualmente vereador, considera que nem os partidos nem os candidatos “têm culpa” neste processo, incutindo responsabilidades a “quem organizou as eleições”, a Câmara Municipal de Vila Franca do Campo (que no último mandato teve gestão do PS).
“A câmara municipal cometeu um conjunto de erros que prejudicou o bom funcionamento do exercício do direito de voto. Vamos recorrer com base na ata final da Assembleia de Apuramento Geral que regista, com clareza, todas as ilegalidades praticadas”, considera o candidato do PSD por Vila Franca do Campo.
As urnas abriram no domingo em Vila Franca do Campo com um atraso de cerca de meia hora após ter sido detetado um problema nos boletins de voto para a eleição para a câmara municipal.
Apesar de os boletins incluírem as quatro candidaturas à câmara de Vila Franca do Campo, faltavam os quadrados para fazer a cruz à frente de duas delas: o movimento independente Novo Rumo e a coligação PSD/PPM.
As eleições prosseguiram depois de consultada a Comissão Nacional de Eleições e de os candidatos terem aceitado a solução da comissão: fazer à mão os quadrados em falta.
Lusa