Autárquica​s: Data escolhida em função de “interesse​s partidário​s” – PCP

O PCP acusou hoje o Governo de escolher a data das autárquicas em função de “interesses partidários”, reiterando que a maioria PSD/CDS quis afastar as eleições “o mais possível” da apresentação do Orçamento do Estado para 2014.
A escolha de 29 de setembro para as eleições locais “só se explica” por “o Governo pretender deliberadamente afastar o mais possível a data das eleições de um conhecimento mais profundo e sério daquilo que o Orçamento do Estado reservará de novas medidas de ataque a direitos, a rendimentos e salários”, disse à Lusa o dirigente do PCP Jorge Cordeiro.
O membro do Secretariado e da Comissão Política do Comité Central do PCP sublinhou que as autárquicas sempre se realizaram no último domingo do intervalo previsto na lei.
 Este ano, acrescentou, “não há nenhuma razão a não ser esta” para que não se realizassem também em outubro e “para encurtar o mandato autárquico em praticamente duas semanas”, lembrando que em 2009 as eleições se fizeram a 11 de outubro.
Jorge Cordeiro disse-se convencido de que, porém, “os portugueses não deixarão de observar” que a data das eleições deste ano não foi decidida em função de “interesses gerais” mas “daquilo que são os interesses partidários e diretos do Governo”.
O Conselho de Ministros decidiu hoje marcar as eleições autárquicas para 29 de setembro.
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou que após a “ponderação dos argumentos” apresentados pelos partidos com assento parlamentar nas audiências de quarta-feira com o primeiro-ministro, Passos Coelho, sobre este tema, 29 de setembro é “uma data de compromisso”.
Os partidos da maioria PSD/CDS-PP propuseram a data de 22 de setembro, o PS o dia 13 de outubro, o PCP o dia 6 de outubro, o BE o dia 13 de outubro e “Os Verdes” 6 ou 13 de outubro.
Miguel Macedo rejeitou os argumentos da oposição segundo os quais o Governo queria afastar a apresentação do Orçamento do Estado do período eleitoral, reiterando que o Orçamento de 2014 tem já “com grande antecedência previstas as metas e objetivos” e tem sido “objeto de ampla discussão nos últimos meses”..

 

Lusa

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