O candidato do PS em Ponta Delgada afirmou hoje que o concelho “merece uma governação do século XXI”, garantindo que, ao contrário de outras candidaturas, tem um projeto, que visa internacionalizar e modernizar a cidade.
“Lideramos uma equipa com um projeto e não um conjunto de cartazes que soam falso porque tanto repetem a humildade e a bondade que acabam por revelar a total falta de ideias para a cidade e o concelho”, afirmou José Contente, no fecho da Convenção Autárquica “Mudar Ponta Delgada”, em que participaram “personalidades” que deram contributos para a elaboração do seu programa de candidatura.
O socialista, que nas autárquicas de dia 29 se candidata à maior Câmara dos Açores, atualmente gerida pelo PSD, disse ter a “ambição de trazer a modernidade” para Ponta Delgada.
“Uma ambição de internacionalizar esta cidade e este concelho à nossa dimensão”, acrescentou, sublinhando que a “melhor geração deste tempo” merece “novas oportunidades e também carrear o seu contributo para um melhor desenvolvimento” de Ponta Delgada.
O candidato defendeu que a câmara “tem um papel a desempenhar nesta nova fase, que vai desde o alívio de taxas, tarifas e licenças, para permitir que as empresas possam garantir melhor o emprego, até ao apoio social”.
José Contente defendeu ainda a valorização do património natural, histórico e imaterial, prometendo uma “Casa de Antero de Quental” para Ponta Delgada, por não “fazer sentido” que esteja no continente (Vila do Conde).
Para o socialista, Ponta Delgada “merece uma governação do século XXI, em que as pessoas tenham mais emprego, outras condições de vida”, mas que também “reinvente” outras “prioridades”, como o “polo social, cultural, de diálogo e parcerias” ou a “inovação e modernidade”, com recurso às novas tecnologias de informação e comunicação.
Repetindo a ideia de que quer transformar Ponta Delgada numa “capital europeia atlântica”, com políticas que tenham sempre como “traço mais saliente” o apoio social, aproveitou para reafirmar “sem medos e sem rodeios” a promessa de criar um complemento municipal para os idosos.
Na semana passada, esta promessa gerou polémica, por José Contente ter afirmado que daria este apoio “juntamente com o Governo Regional”.
Dias depois, em resposta a questões da RTP, o presidente do Governo dos Açores e do PS açoriano, Vasco Cordeiro, esclareceu que o executivo não estava envolvido nesta ideia e que a promessa não envolvia dinheiro do Governo Regional.
Contente acabou por esclarecer que, da parte do Governo dos Açores, estaria apenas em causa apoio “logístico” para permitir a concretização da medida, que pretende criar apenas com dinheiro da autarquia, sendo o objetivo os pensionistas do concelho receberem o complemento em conjunto com aquele que é atribuído pelo executivo a todos os idosos da região.
Lusa