O ex-deputado no Parlamento dos Açores João Cunha apresentou na quarta-feira a sua candidatura à câmara de Santa Cruz da Graciosa, pelo PSD, prometendo uma melhor gestão financeira e um investimento em obras que “fazem falta”.
“Queremos gerir melhor o nosso município, financeira e economicamente. Para tal, não podemos gastar dinheiro em obras desnecessárias, como ultimamente tem acontecido”, salientou.
Para João Cunha, que é atualmente presidente da Assembleia Municipal do único concelho da ilha da Graciosa, “o dinheiro deve ser aplicado nos investimentos certos, reprodutivos e capazes de gerar mais riqueza, mais emprego e trazer melhoria de vida e bem-estar aos graciosenses”.
O candidato social-democrata nas eleições autárquicas de 29 de setembro apontou como prioridades, a nível das obras, as estradas, onde “nem chega uma ambulância”, as escolas, os caminhos agrícolas, os pequenos portos de pescas e o património da autarquia.
“Há bastos casos de abandono desse património, de que é exemplo o próprio edifício sede da câmara municipal, onde em dias de chuva a água penetra em grande abundância”, frisou, acrescentando que procurará recorrer às empresas da ilha na execução das obras.
João Cunha defendeu também medidas para minimizar o impacto da crise e novos apoios à natalidade, a estudantes e idosos, bem como uma política de habitação diferente.
“Uma correta e verdadeira política de habitação começa sempre por resolver o problema daqueles que têm os casos mais graves e não o problema dos amigos ou daqueles que são clientela política”, salientou.
No combate ao desemprego, prometeu tentar criar empregos pela ação camarária e através das empresas sediadas ou a sediar no concelho, bem como criar “condições e incentivos ao investimento privado”.
O candidato do PSD anunciou ainda que pretende reivindicar junto do Governo Regional a construção do novo matadouro e de uma marina, para além de melhores ligações aéreas e marítimas à ilha.
João Cunha comprometeu-se a dar a conhecer as potencialidades turísticas do concelho junto dos agentes de viagens no mercado nacional e de emigrantes açorianos, tendo defendido a preservação do ambiente e dos patrimónios cultural e arquitetónico do centro da vila.
Por sua vez, o presidente do PSD nos Açores, Duarte Freitas, considerou que os últimos quatro anos foram “anos perdidos” para a Graciosa, porque “nem o Governo socialista cumpriu as suas promessas, nem a câmara soube reivindicar ou sequer executar”, salientando que o PS herdou do PSD, em 2009, uma “autarquia com obra e com as finanças invejáveis”.
Duarte Freitas deixou ainda um apelo ao Governo Regional para que “saiba acatar críticas e que saiba dialogar e aceitar sugestões e propostas”, alegando que a RTP/Açores “não pode ser mais uma arma de arremesso partidário ou de luta contra Lisboa”.
“Em nome do PSD/Açores, fica aqui a disponibilidade para encontrar uma solução que garanta o serviço público de rádio e televisão nos Açores, sem eximir as responsabilidades da República, mas com uma estrutura autónoma e editorialmente isenta”, frisou.
Lusa
