O socialista João Ponte apresentou na segunda-feira à noite a sua recandidatura à presidência da câmara da Lagoa, nos Açores, procurando um terceiro mandato com “listas renovadas” e 91% de independentes.
“Apresentamo-nos a estas eleições com lideranças novas, com listas renovadas a 40%, muita juventude e 91% de independentes”, afirmou João Ponte, na apresentação da candidatura, recordando uma “máxima” do ex-presidente do Governo dos Açores, Carlos César, que estava presente na plateia: “Se não nos renovarmos, o povo é que nos renova”.
João Ponte, que preside também à Associação de Municípios dos Açores, sublinhou que a sua candidatura “não é de nenhum partido”.
“O partido desta candidatura é a Lagoa, a força política desta candidatura é o povo das nossas cinco freguesias”, afirmou, sublinhando que além de muitos independentes nas listas, tem a apoiá-lo pessoas que já apoiaram candidatos de outras forças políticas no passado e que integram listas de candidatura a assembleias de freguesia de outros partidos nas eleições autárquicas do próximo dia 29.
Para João Ponte, a conjuntura atual apela “mais do que nunca a este espírito de união”, acrescentando que se apresentou de novo ao cargo, entre outras razões, por considerar que a experiência de oito anos que já tem à frente da autarquia será “uma mais-valia para o concelho”, sobretudo perante “a tentativa de destruição do poder local” por parte do Governo da República.
O candidato do PS referiu ainda que estes são também tempos de “grande incerteza”, com “muitas famílias e empresas a atravessarem sérias dificuldades”, prometendo, por isso, atenção às políticas sociais e ao fomento da economia local.
João Ponte prometeu, por outro lado, “um novo patamar de desenvolvimento” para a Lagoa, dizendo que o novo parque tecnológico é uma “oportunidade de progresso”, assim como “virar ainda mais” a cidade para o mar e “maior atividade” cultural.
Dizendo que “não existem vitórias morais ou antecipadas”, João Ponte defendeu que é necessário “trabalhar muito” até lá, para “esclarecer as pessoas e combater a abstenção”.
Um apelo que foi repetido pelo presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, para quem também “não há vencedores antes das eleições”, seja qual for o concelho, sendo necessário “um grande esforço” para dar a conhecer as propostas socialistas, até porque, reiterou, nas autárquicas deste ano não está só em causa a escolha de um projeto para cada autarquia.
Para Vasco Cordeiro, os açorianos “têm todas as razões como povo” para se “mobilizar”, porque está em causa também a defesa das freguesias e do poder local forte e ao serviço das pessoas, dizendo que os eleitores terão de pensar se querem “dar mais força” aos partidos que na Assembleia e no Governo da República votam pela extinção de freguesias e querem “castigar” os portugueses com mais austeridade e mais impostos e penalizar idosos e pensionistas.
Lusa