O valor mediano de avaliação bancária na habitação aumentou 8,6% em 2023 face a 2022, fixando-se em 1.521 euros por metro quadrado (m2), com todas as regiões a registarem subidas, informou hoje o INE.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a Região Autónoma da Madeira apresentou a variação mais intensa (20,2%) e o Centro o menor aumento (6,2%).
No ano passado, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, aumentou 8,7% nos apartamentos e 6,2% nas moradias, para, respetivamente, 1.693 euros/m2 e 1.185 euros/m2 (1.558 euros/m2 e 1.116 euros/m2, em 2022).
Considerando apenas o mês de dezembro de 2023, o valor mediano de avaliação bancária aumentou seis euros (0,4%) face ao mês anterior, para 1.536 euros por metro quadrado, ficando 5,3% acima de dezembro de 2022 (5,6% em novembro).
O número de avaliações consideradas para apuramento do valor mediano de dezembro foi de 29.477 (18.993 apartamentos e 10.484 moradias), 0,8% acima de novembro e mais 21,8% em termos homólogos.
A região do Oeste e Vale do Tejo apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,1%), tendo-se verificado uma única descida, na Região Autónoma dos Açores (-0,2%).
Já em comparação com dezembro de 2022, o valor mediano das avaliações cresceu 5,3%, observando-se a variação mais intensa na Região Autónoma da Madeira (15,5%) e a menor no Algarve (0,9%).
No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.703 euros por m2, um aumento de 4,3% face a dezembro de 2022.
Os valores mais elevados registaram-se na Grande Lisboa (2.277 euros/m2) e no Algarve (2.054 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (1.130 euros/m2).
Por sua vez, a região da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (17,4%) e os Açores a única descida face ao mesmo período do ano anterior (-2,7%).
Comparativamente com o mês de novembro, o valor de avaliação dos apartamentos subiu 0,4%, registando o Oeste e Vale do Tejo a maior subida (1,2%) e o Algarve a maior descida (-0,5%).
O valor mediano da avaliação para apartamentos de tipologia T2 (dois quartos) subiu 13 euros, para 1.750 euros/m2, tendo os T3 descido um euro, para 1.504 euros/m2.
No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,1% das avaliações de apartamentos realizadas em dezembro.
Quanto ao valor mediano da avaliação bancária das moradias, foi de 1.210 euros/m2 no último mês de 2023, o que representa um acréscimo homólogo de 5,4%.
Os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2.196 euros/m2) e no Algarve (2.088 euros/m2), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (937 euros/m2 e 990 euros/m2, respetivamente).
O Alentejo apresentou o maior crescimento homólogo (13,3%), tendo-se registado reduções no Algarve (-1,3%) e na Grande Lisboa (-0,5%).
Comparativamente com o mês anterior, em dezembro o valor de avaliação das moradias subiu 0,9%, com o Oeste e Vale do Tejo e o Alentejo a apresentarem o crescimento mais elevado (3,7% ambos), ocorrendo a descida mais acentuada nos Açores (-1,7%).
O valor mediano das moradias T2 subiu 24 euros para 1.174 euros/m2, tendo as tipologias T3 subido 17 euros para 1.204 euros/m2, e as T4 descido quatro euros, para 1.238 euros/m2.
No seu conjunto, estas tipologias representaram 89,8% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.
Em dezembro de 2023, a Grande Lisboa, o Algarve, a Península de Setúbal, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação 47,6%, 34,4%, 14,1%, 11,8% e 9,0%, respetivamente, superiores à mediana do país.
Pelo contrário, as Beiras e Serra da Estrela, Alto Alentejo e Alto Tâmega e Barroso foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-47,9%, -46,6% e -45,7% respetivamente).
Lusa