O Secretário Regional da Educação e Cultura defendeu hoje, na Horta, que não pode haver resignação perante o insucesso escolar, que considerou ser um “flagelo”.
Avelino Meneses, que falava nos XXII Encontros Filosóficos ‘Pensar (n)as Ilhas’, organizados pela Escola Secundária Manuel de Arriaga, reafirmou o empenhamento do Governo dos Açores na preparação de um Programa Integrado de Promoção do Sucesso Escolar, denominado ProSucesso, com vista a responder ao “mais importante desafio para o futuro das ilhas”.
Para o titular da pasta da Educação, esse desafio, como alvitra António Nóvoa na nota introdutória daquele plano, é de que um dia “os Açores sejam terra da educação e mar de conhecimento”, precisamente porque “na democracia, a educação e o conhecimento são os pilares de tudo, inclusivamente da liberdade”.
O Secretário Regional, ainda sobre o programa de promoção sucesso escolar, salientou que “a metodologia reside no estabelecimento de um consórcio de esforços entre técnicos da SREC, gestores e docentes das escolas e especialistas em educação pertencentes aos quadros de diversas universidades de dentro e de fora do arquipélago”.
“O êxito deste projeto obriga necessariamente ao envolvimento de toda a sociedade açoriana”, defendeu Avelino Meneses, pelo que deverá, em devido tempo, ser encontrado um “consenso social e político”. Nesse sentido, recordou que foi “o consenso político sobre o essencial, obviamente compatível com a diferença de opinião sobre o acessório, que gerou progresso na educação em Portugal desde 25 de abril de 1974 e nos Açores desde a institucionalização da Autonomia em 1976”.
O Secretário Regional da Educação e Cultura precisou, ainda, que o objetivo do ProSucesso é, simplesmente, que “todos os alunos tenham sucesso escolar” e também que sejam cumpridas as metas da Estratégia 2020, “ainda demasiado exigentes para os Açores”.
Estas metas, de acordo com Avelino Meneses, obrigam à diminuição do abandono escolar precoce “até à casa dos 10%”, mas também “à contenção do insucesso escolar, para que se alcance uma taxa de 40% de licenciados”.