O PSD/Açores alertou esta tarde para a necessidade de manter estacionada na ilha Terceira “em permanência, e com as respectivas tripulações”, pelo menos uma das aeronaves da nova frota da SATA no Aeroporto das Lajes da ilha Terceira, “pois só desse modo se servirão melhor os açorianos e todas as ilhas da região ao nível do tráfego aéreo”, diz uma nota emitida pelo partido.
O assunto constou de uma reunião do grupo parlamentar laranja na assembleia açoriana, tendo os deputados reiterado que “a anunciada pretensão da SATA de concentrar toda a nova frota em São Miguel põe em causa a eficácia do serviço público necessariamente prestado pela companhia”, assim como “o conceito de região que deve orientar as políticas nos Açores”, salientaram.
Recorde-se que, no passado dia 19 de Fevereiro, e através de declaração política feita em plenário, o PSD denunciara a situação, afirmando que se estariam “a prejudicar todas as ilhas dos Açores e o desenvolvimento da região”, factores que, “e passado menos de um mês”, os acontecimentos verificados ontem – 12 de Março –confirmaram, fazendo ver “a necessidade de pelos menos uma aeronave e respectivas tripulações estarem na Terceira”, explicam.
Efectivamente, e por razões climatéricas, o aeroporto de Ponta Delgada ficou encerrado a partir do final da manhã de ontem, “ficando comprometidas todas as operações com as restantes ilhas do arquipélago”, acrescentam os social-democratas, para quem “a necessidade de haver a troca de tripulações a meio do dia em Ponta Delgada inviabilizou todas as operações”.
Relembrando que mesmo perante a denúncia feita, o governo regional e o PS “já reconfirmaram a decisão da SATA e corroboraram os argumentos apresentados pela companhia para ter as aeronaves em Ponta Delgada”, o PSD advoga que o sucedido esta quinta-feira fez com que fossem deixados em terra os aparelhos – 2 na Terceira e um no Faial -, sendo que “centenas de passageiros, de várias ilhas do arquipélago, não puderam viajar, apenas porque não havia uma tripulação na ilha Terceira”, afirmam.
Para os social-democratas, “o facto de vivermos em ilhas torna absolutamente necessário assegurar as respostas ao nível da protecção civil e do apoio às populações em caso de catástrofe ou de qualquer situação de emergência”, pelo que o PSD/Açores reafirma que, “e até pelas naturais circunstâncias meteorológicas do arquipélago”, a decisão em vigor deixa os Açores “comprometidos com o isolamento, pois apenas numa ilha estará toda a frota da companhia aérea regional”, concluem.