A Eurodeputada Sofia Ribeiro organizou, esta semana, no Parlamento Europeu em Bruxelas, um evento cultural intitulado “Azorean Colours”, que considerou ter como objectivo “expressar o que é ser Açoriano, também pela arte, cultura e tradições”.
Esta iniciativa reúne uma exposição de quadros da escola de pintura de Martim Cymbron, numa exposição em modelos vivos dos trajes típicos dos Açores, através do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Livramento, na apresentação de um livro de fotografia das magníficas paisagens de São Miguel por Urbano Cordeiro e na presença de Horácio Medeiros, um músico dedicado que conjuga a música com as novas tecnologias.
Segundo Sofia Ribeiro “esta iniciativa enquadra-se na minha missão de termos mais Açores na Europa, para darmos mais força à nossa Região e às nossas pretensões aqui no Parlamento Europeu e comprometer os principais decisores políticos connosco, com os Açores. Felizmente temos conseguido e prova disto foi também a enorme adesão das pessoas à exposição, quer do Parlamento, quer externas, que abrilhantaram o nosso evento”, disse.
A exposição decorre num dos sítios mais nobres do Parlamento Europeu, num local central, por onde todas as pessoas que trabalham e visitam o Parlamento têm de passar. No seu discurso de abertura, a Eurodeputada ressalvou que “diz-se que as ilhas Açorianas são os picos da Atlântida perdida. De facto, cada uma das 9 ilhas desta Região Ultraperiférica Europeia é uma explosão de cores, onde a biodiversidade marca paisagens de tirar o fôlego”, e convidou os “olharem profundamente para cada uma dessas magníficas pinturas, com o objectivo de descobrir que não será tão difícil assim sentir o cheiro da liberdade ou ouvir o som do silêncio que caracteriza a paz que podemos encontrar quando estamos ao lado da Natureza Pura”. Sofia Ribeiro acrescentou ainda que “nos Açores, ao lado das fontes termais, podemos sentir a profundidade da Mãe Terra”.
Sofia Ribeiro destacou ainda na sua intervenção o quão “surpreendente é que uma região tão pequena, com menos de 250.000 habitantes, representando 2% da população portuguesa, tenha tantas figuras proeminentes em áreas culturais portuguesas. Antero de Quental, Vitorino Nemésio, Natália Correia, Gaspar Frutuoso, João de Melo, Onésimo Teotónio de Almeida, António Dacosta, Domingos Rebelo, Tomás de Borba, Francisco de Lacerda, Carlos Alberto Moniz, Nuno Bettencourt e Kátia Guerreiro são apenas alguns exemplos de Açorianos que marcaram as artes e a literatura do país”.
A cerimónia inaugural, que finalizou com a entrega a cada participante de queijadas da Vila Franca e de chá da Gorreana, contou com a presença de ” ilustres figuras, como a Vice-Presidente do Parlamento Europeu, Mairead McGuiness, da Chefe de Unidade das Regiões Ultraperiféricas da Comissão Europeia, Sabine Bourdy, o Chefe da Delegação Portuguesa do PSD, Paulo Rangel e do Embaixador de Portugal junto das Instituições Europeias, Nuno Brito, bem como de diversos Eurodeputados”.
Açores 24Horas / PE