Foi hoje apresentada em Ponta Delgada a nova frota da Azores Airlines, para voos de médio e longo curso, no âmbito do plano operacional da companhia, determinada pela rede afeta ao business plan, e que define os Açores, o continente português, a América do Norte e Macaronésia, como as rotas estratégias da companhia, conforme explicou Paulo Menezes, presidente da transportadora.
Fundamentada pela eficiência, flexibilidade e economias de escala, a escolha recai uma vez mais na Airbus, com a aquisição até 2020 de quatro AirBus A321Longue Range (LR), resultado dos estudos realizados pelo grupo de trabalho criado pela transportadora para elaborar o plano operacional. “Antes de se decidir por este avião foram analisada as condições mais restritivas de operação em termos de meteorologia, aeroportos alternantes, usando os pressupostos de operação da SATA altamente conservadores e verificou-se que este avião cumpre as missões da rede sem qualquer dificuldade”, explicou Ana Azevedo, assessora do conselho de administração, que ressalvou a vantagem de os novos aparelhos serem da mesma família dos aviões já existente, não havendo necessidade de uma formação que vá além de alguns dias, para que os mesmos mecânicos e pilotos fiquem aptos a operar – uma transação rápida e económica, desenvolveu Ana Azevedo.
O aumento de frequências entre as rotas definidas foi também apontada para esta reestruturação do plano operacional da Azores Airline, havendo previsão de que em 2020 haja em média duas frequências diárias com Boston e uma com Toronto, isto para além das previstas com o continente português e com a Macaronésia.
Para além das especificidades técnicas do novo A321, há evoluções a nível do conforto do passageiro, nomeadamente o aumento de espaço entre filas, maior comodidade das cadeiras, fichas para carregamento de gadgets e ainda possibilidade de aceder à rede wifi.
A substituição da atual frota será gradual, devendo o primeiro aparelho A321NEO ser entregue no fim de 2017, outro em 2018 e os restantes dois em 2019, estes já na versão AirBus A321LR. Até 2020 haverá a reposição dos A321NEO, entregues em 2017 e 2018, ficando a SATA com os anunciados quatro A321LR ao seu serviço.
Questionado sobre os valores envolvidos nesta operação, Paulo Menezes não quis adiantar números, “por se tratar de um contrato leasing”, e para não colocar “ em causa outros negócios que a “Air Lease Company” e a Airbus possam estar a fazer com outros clientes”, deixando a apresentação de valores para quando for apresentado o Business Plan, que se encontra em restruturação, lá para o final do ano.
Reticentes a esta opção está o Sindicato de Pessoal de Voo que em declarações à Antena1-Açores “assumiu querer conhecer os estudos da SATA que levaram à escolha do avião A 321 Neo e que demonstrem a sua rentabilidade”, dando a entender que esta aquisição poderá não ser consensual.
SM/Açores24Horas
