“O balanço que fazemos é já neste momento muitíssimo positivo. Temos muita adesão em muitas empresas de transportes públicos, temos uma adesão significativa na área dos resíduos sólidos, temos uma participação muito grande na área da saúde e constatamos que, neste momento, essa adesão está a subir consideravelmente noutros setores”, disse.
Segundo o secretário-geral da CGTP, neste momento já se verifica uma “forte adesão a esta greve geral”.
Instado a fazer uma comparação entre a greve geral de hoje e a de 24 de novembro passado, organizada pelas duas centrais sindicais, Arménio Carlos defende que “tudo pode ser comparável, mas que a base de partida é completamente diferente”.
“Nós neste momento temos cerca de um milhão e 170 mil pessoas que pura e simplesmente não têm emprego, temos dois milhões e 700 mil pessoas numa situação de pobreza. Isto, em termos gerais, de alguma forma já acontecia há uns meses atrás mas agora acentuou-se”, sublinhou.
Mas, segundo os dados disponíveis até ao momento, Arménio Carlos garante que em alguns casos os níveis de adesão são superiores ao da greve anterior.
“Vou dar um exemplo. No Metro do sul do Tejo, das 25 composições que deviam estar a circular, apenas cinco estão a circular. Aqui está um exemplo de que, nesta fase, temos uma maior adesão nesta empresa em concreto”, explicou.
A greve geral de hoje é a oitava convocada pela CGTP. O protesto surge contra o agravamento da legislação laboral, o aumento do desemprego e do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade e ocorre quatro meses após a última greve geral.
Desta vez, a UGT não se junta ao protesto, ao contrário do que aconteceu a 24 de novembro de 2011 e de 2010, porque a central sindical liderada por João Proença assinou o acordo para a Competitividade, o Crescimento e o Emprego que está na origem da revisão da legislação laboral.