A Associação Agrícola de São Miguel (AASM) e o BES dos Açores vão celebrar um protocolo que visa criar uma parceria que pretende “tornar mais acessível” o financiamento aos associados da instituição.
“O protocolo agora a celebrar entre ambas as partes vai apoiar os cerca de 2.300 associados com condições especiais de financiamento na perspetiva dos investimentos e de tesouraria”, disse o presidente da AASM, Jorge Rita, à agência Lusa.
Jorge Rita diz que “muitas vezes” os associados da AASM têm “problemas de tesouraria”, daí que este seja um “protocolo interessante”, com taxas de juro “mais baixas” do que o mercado pratica, com “condições muito favoráveis”, nalguns casos com anos de carência e prazos de 20 anos na compra dos terrenos.
O presidente da AASM considera que “há que registar com muito agrado” a posição da instituição financeira por “acreditar num setor” que se revela “tão importante” nos Açores e que vai interessar “toda a agricultura”.
O presidente da Comissão Executiva do BES dos Açores, Gualter Furtado, explicou à Lusa que será possível, ao abrigo do protocolo, proceder à “antecipação dos subsídios” correntes inerentes à agropecuária, bem como à “gestão de pagamentos inerentes” a fornecimentos correntes da AASM aos seus associados, compra de terrenos agrícolas e de equipamentos comercializados pela organização.
O protocolo será assinado a 06 de setembro, em Ponta Delgada, no âmbito de uma conferência sobre a agricultura e desenvolvimento, promovida pelo BES dos Açores em que estará presente o presidente do grupo BES, Ricardo Salgado.
Ainda no âmbito deste evento, a Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA), o BES dos Açores e o BES de Cabo Verde assinam um protocolo que pretende, de acordo com Gualter Furtado, “promover mecanismos de apoio financeiro” à intensificação das relações comerciais entre empresas com sede na região e Cabo Verde, de forma prioritária a empresas açorianas com “perfil exportador”.
“Com a assinatura deste protocolo, o BES dos Açores, com o apoio da SDEA, pretende apoiar diretamente a atividade empresarial regional nas vertentes da internacionalização e da exportação e contribuir para o incremento e diversificação de bens transacionáveis, bem como a criação de valor, de riqueza e emprego, fatores determinantes para o crescimento da economia açoriana”, declara Gualter Furtado.
Lusa