A Comissão Europeia considera injustificadas algumas das comissões bancárias cobradas aos consumidores, disse esta segunda-feira a comissária europeia dos assuntos dos consumidores, Meglena Kuneva, afirmando que Bruxelas divulgará em Julho um estudo aprofundado sobre as comissões que os bancos cobram.
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«O estudo ainda não está pronto, mas tudo aponta para a existência de um grande número de comissões inaceitáveis», afirmou a comissária europeia aos jornalistas, à margem do seminário comemorativo do 35 aniversário da DECO – associação portuguesa de defesa de consumidores, avança a Lusa.
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«Os consumidores têm o direito de não serem assaltados pelos seus bancos», disse Kuneva na sua intervenção no seminário.
Segundo a mesma responsável, a investigação efectuada mostra também que «em mais de dois terços do casos» foi impossível «destrinçar a estrutura das comissões bancárias para determinar o verdadeiro custo do serviço».
Um anterior estudo da Comissão Europeia sobre o sector financeiro já tinha apontado para a «opacidade da estrutura das comissões e para a existência de práticas comercias questionáveis», referiu a comissária europeia.
Meglena Kuneva realçou que as grandes prioridades da comissão em matéria de defesa do consumidor, face à actual crise financeira, são garantir o direito a informações claras e transparentes sobre os produtos financeiros que estão a comprar, garantir o direito a não serem enganados e o direito a poderem voltar atrás da decisão de compra.