O presidente da Comissão Executiva do Banif, Jorge Tomé, confirmou hoje que a instituição vai avançar com um aumento de capital social sem aguardar pelo aval de Bruxelas ao seu plano de reestruturação.
“O aumento do capital tem sido feito por tranches. Este ano, o banco já levantou 300 milhões de euros depois do quadro estabelecido com a Direção-Geral de Concorrência relativamente às linhas estratégicas para o futuro”, declarou Jorge Tomé aos jornalistas, em Ponta Delgada, à margem do evento Invest Day, promovido pelo Banif.
A Imprensa noticiou esta semana que até ao início de novembro, o Banif deverá avançar com a última etapa do reforço de capital iniciado este ano, mesmo sem o aval de Bruxelas ao seu plano de reestruturação.
Jorge Tomé sublinha que “é verdade” que o plano de reestruturação “ainda não está aprovado”, mas as linhas fundamentais estão “trabalhadas” com a Direção-Geral de Concorrência.
“O que o Banif está a fazer é proceder à implementação da sua estratégia. Isso não é um obstáculo para que se avance para um aumento de capital. Já fizemos 312 milhões de euros e o objetivo é fazermos 450 milhões de euros”, refere Jorge Tomé.
O presidente da Comissão Executiva do Banif considera que as medidas de Bruxelas, assentes em quatro “pilares fundamentais”, fazem parte da “transformação do banco” e da “sua estratégia”, estando a ser implementadas.
“É isso que estamos a fazer com o objetivo de transformar o banco num instituição financeira mais líquida e mais rentável. Esse é o objetivo”, frisa o presidente da Comissão Executiva do Banif, que assegura que os Açores e Madeira estão “estabilizados” em matéria de balcões.
Lusa