Primeiro, Francisco Louçã desafiou o Governo e José Sócrates a apresentar uma moção de confiança. Como José Sócrates disse que não, que isso seria criar instabilidade, o líder do Bloco de Esquerda anunciou que seriam os bloquistas a apresentar uma moção de censura.
“No primeiro dia útil”, dentro de um mês, após a posse do Presidente da República, a 9 de Março, anunciou Louçã durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento.
“É um dos números políticos mais lamentáveis que vi na minha vida”, afirmou o chefe do Governo, que fez uma leitura desta iniciativa do BE: “Foi para se antecipar ao seu colega do lado”. Uma referência ao PCP, primeiro a admitir o cenário, sem prazo, de apresentar uma moção de censura ou mesmo apoiar uma iniciativa nesse sentido de um partido de direita.
A alínea f) do artigo 195 da Constituição determina que implica a queda do Governo a “aprovação de uma moção de censura por maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções”.