BE defende programa de emergência para funcioname​nto da RTP/Açores

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu hoje a necessidade de “um programa de emergência” para o funcionamento da RTP/Açores, alertando para o caso da delegação no Faial que está a dias de poder ficar sem emissão.
 “Nos últimos tempos a RTP/Açores tem perdido de tal forma técnicos e tem tido um desinvestimento tão grande em equipamento que está em risco. E, portanto, o Bloco de Esquerda propõe um programa de investimento que possa ser alicerçado também em parcerias regionais, nomeadamente com a Universidade dos Açores”, afirmou Catarina Martins, em declarações aos jornalistas.
A coordenadora nacional do BE falava após uma reunião com a comissão de trabalhadores e conselho de redação da RTP/Açores, frisando que a RTP/Açores “é a vítima mais visível da política do Governo da República de fragilização do serviço público”.
Catarina Martins considerou que a lei “não deve ser mudada” e que é preciso garantir que a RTP/Açores “seja parte integrante do serviço público de rádio e televisão com toda a autonomia”, propondo o Bloco “um programa de investimento que possa ser alicerçado em parcerias regionais, nomeadamente com a Universidade dos Açores”.
Para a coordenadora nacional do BE, “a saída de quadros, de técnicos da RTP põe em causa a continuidade das emissões da RTP/Açores nomeadamente a partir da Horta, pelo que a situação é de emergência e tem que ter uma resposta já”.
“Sabemos que neste momento está a ser negociado passar a RTP/Açores para o Governo Regional e isto vai contra a lei em vigor. A lei em vigor é uma lei que permite independência, autonomia e serviço público. O que é preciso é cumprir a lei o que não tem sido feito, porque a RTP/Açores não tem tido os recursos necessários e os telespetadores e ouvintes estarão naturalmente descontente com o serviço”, sustentou.
Catarina Martins afirmou ainda que o PS “tem que se definir em relação à RTP”, alegando que “não se pode ter a nível nacional um partido a afirmar dizer que defende a RTP contra os programas do Governo da República de destruir a RTP e ter o partido socialista nos Açores no Governo Regional a dar cobertura a planos de desmantelamento da RTP ao aceitar negociar com o Governo do PSD/CDS passar a RTP/Açores para uma delegação dirigida pelo Governo Regional”.
Com o recente plano de rescisões voluntárias na empresa, Bruno Correia, da subcomissão de trabalhadores dos Açores, apontou igualmente para “a falta de meios” na delegação da Horta, no Faial.
“No último mês saíram dois operadores e no final de junho vai sair mais um realizador e mais um técnico, ou seja, para um total de nove profissionais que havia para a parte da televisão vão ficar apenas cinco”, disse.
A coordenadora do BE nos Açores, Zuraida Soares, reiterou a ideia de que “o Governo regional tem obrigação de ser transparente nas suas decisões, nas suas negociações e sobretudo tem a obrigação absoluta de prestar contas à Assembleia Legislativa dos Açores e aos deputados”, lembrando que o BE já pediu a audição urgente do presidente da empresa.

 

Lusa

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