BE exige mais explicaçõe​s ao Governo sobre liberaliza​ção do espaço aéreo nos Açores

O Bloco de Esquerda quer que o Governo Regional explique, de uma vez por todas, “de forma clara e objetiva”, qual o preço máximo que poderá ser praticado pelas companhias aéreas que operem nas rotas que serão liberalizadas nos Açores, ou seja, nas ligações diretas entre as ilhas São Miguel e Terceira, e o continente.

Neste momento, sabe-se que o consumidor final, residente nos Açores, pagará, no máximo, após reembolso, 134 euros, mas o BE pretende que o Executivo esclareça qual será o valor máximo que o consumidor irá pagar no momento da compra do bilhete, antes de receber o reembolso.

A semana passada, no âmbito do debate do Plano e Orçamento dos Açores para 2015 “o secretário regional do Turismo e Transportes fugiu à questão, dizendo que a ligação com o continente terá o preço máximo de 320 euros se for feito através das ilhas abrangidas pelas Obrigações de Serviços Público. Ou seja, ficou por saber qual o valor máximo a pagar se o consumidor quiser ir para o continente com ligação directa – sem escalas – a partir de São Miguel e Terceira”, defende o BE.

“Tendo em conta que a localização geográfica dos Açores e reduzida dimensão do mercado são fatores desfavoráveis ao estabelecimento de rotas, de e para a Região, por parte de companhias aéreas de baixo custo, e que os únicos fatores que poderão facilitar a atividade regular dessas companhias nos Açores serão a redução das taxas aeroportuárias e eventuais contrapartidas atribuídas a essas companhias”, o Bloco de Esquerda quer que o Governo explique detalhadamente quais serão as contrapartidas estabelecidas para as rotas que serão liberalizadas.

Num requerimento enviado hoje ao Governo Regional, o Bloco de Esquerda exige ainda o acesso ao estudo que serviu para calcular os custos que a liberalização destas rotas comporta à Região “tendo em conta que há uma expectável oscilação dos preços ao longo do ano e que existe um compromisso de ressarcir os cidadãos residentes, de forma a que o custo, por passagem, não exceda os 134 euros”, sustenta.

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