Após reuniões com a direção e a subcomissão de trabalhadores da RTP/Açores, Zuraida Soares defendeu que o Governo dos Açores informe a Assembleia Legislativa sobre o que “anda a fazer” e a “negociar” sobre o futuro da televisão pública e dos seus trabalhadores no arquipélago.
A líder do BE dos Açores recordou a constituição de um grupo de trabalho na região, que começou a funcionar em janeiro, formado por representantes da administração da RTP e do Governo dos Açores, com o parlamento açoriano a ficar à margem, contrariamente ao que aconteceu na Madeira.
“Ninguém sabe o que é que este grupo de trabalho está a fazer, quais são as negociações entre o Governo Regional e o Governo da República, o que é que estão a decidir sobre a vida de 148 trabalhadores, o que é que vai acontecer a este centro regional da RTP. A ignorância é absoluta”, disse Zuraida Soares.
“Só concebemos a rádio e a televisão nos Açores como um serviço público nacional, como uma obrigação constitucional. Não é um serviço público prestado por uma empresa privada ou de capitais mistos, ou ainda constituída por duas ou três entidades”, frisou.
A também deputada do BE nos Açores quer saber a posição do executivo dos Açores sobre a precariedade das instalações da RTP/Açores, bem como da “falta de equipamentos” e redução anunciada dos recursos humanos, que pode terminar na rescisão de “mais de duas dezenas” de funcionários sem se saber quem os irá substituir.
No final das reuniões, a direção e a subcomissão de trabalhadores da RTP/Açores não estiveram disponível para prestar declarações.
Lusa