O Bloco de Esquerda quer saber de que forma estão a ser acompanhados os portadores da doença de Machado Joseph da ilha das Flores, onde há uma grande prevalência desta doença incapacitante, tendo para isso dirigido ao Governo Regional um requerimento, questionando sobre o acesso destes doentes a fisioterapia, a transporte para o Centro de Saúde, a acompanhamento por uma equipa multidisciplinar, e a prioridade na marcação de consultas.
Este grupo parlamentar quer ainda saber se está a ser desenvolvido – por parte do Governo Regional – algum tipo de investigação médica acerca da doença de Machado Joseph, como refere uma resolução aprovada no passado pelo parlamento dos Açores.
A Doença de Machado-Joseph é uma doença degenerativa, incurável, fatal e hereditária, de grande prevalência nos Açores, mais concretamente, nas Flores, que se caracteriza pela descoordenação motora, atrofia muscular, rigidez dos membros, dificuldades na deglutição, fala e visão, que se associam a um progressivo dano de zonas cerebrais específicas.
O Bloco de Esquerda lembra que a doença de Machado-Joseph provoca uma série de perturbações associadas, “cujo acesso ao tratamento deveria ser facilitado, no âmbito dos cuidados de saúde secundários, como por exemplo pela garantia de atribuição de prioridade na marcação de consultas para outras especialidades, de acordo com o recomendado pelo ponto n.º 6 da Resolução da Assembleia Legislativa Regional n.º 14/2003/A, de 17 de novembro”, ressalvando que “estas pessoas necessitam de consultas de especialidade, de exames complementares de diagnóstico e de fisioterapia, de forma a garantir que lhes seja proporcionado o máximo de bem-estar físico e emocional possível, dado ao estado debilitante que a sua evolução provoca nos/as doentes”.