A falta de vagas para alunos repetentes, com algumas disciplinas da escolaridade obrigatória em atraso em escolas do arquipélago suscitou reações do Bloco de Esquerda e do PSD/A, que questionaram o Governo Regional sobre esta matéria, depois de recentemente vários estudantes se manifestarem à porta da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, com o “intuito de reclamarem com o facto de lhes ser impedida a continuidade imediata da sua formação”.
O Bloco de Esquerda pediu esclarecimentos ao executivo sobre esta situação, considerando que “a recusa de matrícula em disciplinas do secundário, resultado de reprovações, é um fator de desmotivação e de afastamento dos estudantes da escola, impossibilitando a conclusão do 12º ano de escolaridade”.
Também o PSD/A “não entende que a Direção Regional da Educação (DRE) se tenha demitido completamente desse problema, imputando-o diretamente às escolas. Tuteladas pela própria DRE”, frisou a deputada Judite Parreira, que lembrou que, “em 2012, aquando do alargamento da escolaridade obrigatória até aos dezoito anos, o executivo açoriano garantiu que aquele aumento não esgotava a lotação das escolas secundárias. Pois não parece ser isso que está a verificar e o governo deve explicar à comunidade escolar como vai agir”, ressalvou a parlamentar.
“Trata-se de um caso que tem de ser resolvido, e que acreditamos se estenda a outras escolas fora da Ilha Terceira”, afirmou Judite Parreira, alertando que “já estamos em novembro, ou seja a meio do primeiro período, e os alunos não podem continuar à espera, sem saberem do seu futuro”, defendeu.
