BE realiza “cerimónia de inauguração” para denunciar abandono da Calheta Pêro de Teive

O Bloco de Esquerda realizou esta terça-feira, uma “cerimónia de inauguração” na zona da Calheta – para onde está projetado um hotel e uma praça pública, que deviam entrar em funcionamento este verão – “para denunciar o abandono das galerias comerciais que estão ao abandono desde 2011”.

“Depois de estar na Terceira e no Faial, no mesmo registo, o Governo Regional desdobra-se para fazer anúncios de obras, apresentações de projetos, lançamentos de concurso, assinatura de contratos de concursos, colocação de primeiras pedras, visitas a obras, entradas em funcionamento e inaugurações, mas não conseguiu enquadrar a Calheta em nenhuma destas tipologias das suas ações de propaganda”, lamentou o coordenador do BE/Açores, António Lima, em declarações aos jornalistas.

“É essencial que um Governo em fim de mandato preste contas às pessoas, e mais do que fazer anúncios propagandísticos, em vésperas de eleições é preciso apresentar contas e explicar às pessoas porque é que este ‘mamarracho’ continua aqui”, disse António Lima, realçando que “todos os prazos têm sido queimados”, e relembrando que em dezembro de 2017, o Governo Regional estabelecia um prazo máximo de quatro meses, a partir da data de licenciamento da obra pela autarquia, para se iniciar a demolição dos edifícios das galerias comerciais, e considera que “o atraso se deve ao facto de o interesse económico estar a sobrepor-se à vontade e ao interesse das pessoas”, temendo que “os impactos negativos da pandemia no turismo façam arrastar este processo ainda mais, porque a construção de mais um hotel neste espaço dificilmente irá avançar nos próximos tempos”.

O BE reitera que nunca foi a favor da construção de um hotel naquela zona, porque vai roubar muita área ao espaço público, mas salienta que no ponto em que está o processo “é preciso é que ele avance” e que não se encontrem mais desculpas.

Quanto a outras soluções, o BE lembra que o Governo Regional assinou um contrato de concessão com os promotores privados, e que se estes não cumprem a sua parte, tem que haver consequências, mas “para isso é preciso haver coragem, coisa que não tem havido nem por parte do Governo Regional nem por parte da Câmara Municipal de Ponta Delgada, remata o coordenador do BE.

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