“Há boas medidas. Existem boas propostas neste documento. Mas nenhuma delas cumpre de forma imediata o principal objetivo de manutenção e criação de emprego e de salvar imediatamente empresas da falência”, sustentou a deputada do BE/Açores, Zuraida Soares.
Em conferência de imprensa, Zuraida Soares, que é também coordenadora regional do BE/Açores, alertou que, perante “a dimensão da catástrofe social e económica que se vive”, são necessárias “medidas imediatas” no orçamento regional, que será apresentado em março, e “não processos de intenções”.
O BE/Açores fez um levantamento das 60 propostas do Governo regional na agenda açoriana para a criação de emprego e competitividade empresarial, tendo Zuraida Soares acrescentado que as medidas, “na sua maioria, só darão algum resultado a médio e longo prazo”.
Segundo Zuraida Soares, existem “apenas três medidas imediatas”, caso da “prorrogação das linhas de crédito de apoio às empresas regionais, a prorrogação do programa Estagiar L e T e a alteração do prazo de reembolso dos empréstimos do programa SIDER”.
“Mas há outras que deveriam ser imediatas, nomeadamente a reabilitação urbana, uma forma eficaz de criar e manter postos de trabalho de forma imediata e de salvar as empresas regionais de construção civil de pequena e média dimensão da falência, melhorar em termos estéticos as nossas povoações e cidades, criar possibilidade de arrendamento com preços mais acessíveis”, frisou.
Zuraida Soares disse ainda que “a única medida minimamente quantificada” é da fileira da madeira, com “a promessa de 1.000 novos empregos”, mas considerou “um absurdo” do ponto de vista económico.
Lusa