O cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelos Açores manifestou-se hoje preocupado “com o fim do pagamento das horas extraordinárias, o aumento da precariedade laboral e do desemprego” na região.
Em declarações aos jornalistas depois de uma reunião com a União de Sindicatos de Angra do Heroísmo, José Cascalho asseverou que “em 2008 a precariedade era da ordem dos 24 por cento, mas agora é muito mais incluindo na função pública com falsos recibos verdes”.
“Os mais afetados são os jovens cuja precariedade é superior a 60 por cento”, garantiu o candidato bloquista.
José Cascalho manifestou-se ainda preocupado com a “possibilidade de o desemprego na construção civil poder crescer 1,5 por cento na região, no corrente ano”.
Criticou “as imposições da ‘troika'” porque estas vão, segundo disse, agravar as condições do trabalho remunerado, “nomeadamente as horas extraordinárias que agora vão deixar de ser pagas”.
“Os trabalhadores vão ter um banco de mais quatro horas de trabalho sem retribuição quando esse dinheiro era para muitos a grande fatia do seu ordenado”, sublinhou o candidato do BE-Açores.
Como solução, o BE propõe “o fim da precariedade e dos recibos verdes com a consequente integração nos quadros da função pública dos que já trabalham naquelas condições, bem como nas empresas privadas quando os trabalhadores façam parte da sua estrutura”.
José Cascalho defende “um aumento da fiscalização e do cruzamento de dados”, alegando ser “fácil detetar quando um trabalhador a recibo verde trabalha para uma só empresa”.
