Saviola, Salvio, Cardozo (por duas vezes) e Luisão permitiram ao Benfica somar um triunfo incontestável no jogo em atraso da competição, garantindo a viagem a Vila do Conde, onde a formação de Jorge Jesus vai discutir o acesso às meias finais com o Rio Ave.
Perante uma assistência muito reduzida, o Benfica apresentou-se com três novidades: Júlio César retirou a titularidade a Roberto, Ruben Amorim ocupou o lugar de Maxi Pereira na lateral direita e Airton pisou terrenos à frente do quarteto defensivo, nas funções de Javi Garcia.
A equipa de Jorge Jesus não perdeu a vocação claramente ofensiva, com os jogadores do meio-campo para a frente a manterem o mesmo instinto.
O Olhanense (sem Jardel, apontado como certo no Benfica) procurou reduzir espaço e retirar tempo a essas unidades mais criativas dos “encarnados”, mas nem sempre a acção foi conseguida por deficiente cobertura dos adversários.
O Benfica fez uma gestão equilibrada da bola e acabou por dar expressão ao favoritismo aos 20 minutos, com Saviola a marcar o primeiro, após uma excelente abertura em profundidade de Carlos Martins.
Nos últimos oito jogos das competições nacionais, que sucederam à copiosa derrota no Dragão (5-0), o argentino do Benfica apenas não marcou frente à Naval 1º de Maio.
Aos 27 minutos, Salvio ampliou, numa jogada que denunciou a incapacidade da defesa do Olhanense em anular as iniciativas rápidas de envolvência do Benfica.
Coentrão ganhou a bola já no meio-campo contrário e entregou-a Saviola, que encontrou o compatriota completamente solto na direita. O remate cruzado de Salvio não ofereceu qualquer hipótese de defesa a Ricardo Batista.
O guarda-redes do Olhanense, que aos três minutos negou o golo a Cardozo com uma defesa apertada, pouco poderia fazer também aos 40 minutos, quando o paraguaio, solicitado por Gaitán, executou um “chapéu” para o terceiro.
A formação de Jorge Jesus recolheu ao balneário com uma exibição agradável e paradigmática na primeira parte, frente a um adversário que apenas visou a baliza do Benfica por duas vezes, nos remates sem perigo de Rui Duarte.
Com Aimar no lugar de Carlos Martins, o Benfica voltou a controlar o jogo no segundo tempo, com o Olhanense, que recuou, a evidenciar as mesmas dificuldades para travar os benfiquistas, sempre mais rápidos.
O Benfica, com Aimar menos influente do que Carlos Martins, teve mais tempo a bola e instalou-se no meio-campo do conjunto algarvio.
Na sequência de um lance de bola parada, aos 61 minutos, Luisão foi assistido por Saviola e, com um remate acrobático, marcou o quarto, após o qual Jorge Jesus procedeu a alterações que visaram poupar elementos mais utilizados para outras batalhas.
O Olhanense, com a entrada do veloz Yontcha, pareceu que tinha capacidade para se estender no terreno, mas as duas iniciativas da formação de Daúto Faquirá não se repetiram mais e nem sequer colocaram em sobressalto a defesa anfitriã.
Num jogo com sentido único, Cardoso (81 minutos) insistiu e apontou o quinto à meia volta.