“Este encerramento decorre da falta de pessoal, espero que seja provisório até se resolver a questão dos recursos humanos”, afirmou Berta Cabral, acrescentando que a reforma do chefe daquele serviço “era esperada, pelo que se deveria ter tratado do assunto”.
“O presidente do Governo Regional não pode fazer de conta que não tem nada a ver com o assunto”, frisou, defendendo que o socialista Carlos César devia “agir imediatamente para resolver o assunto com o Governo da República”.
Berta Cabral, que falava aos jornalistas na Lagoa, em S. Miguel, reagia a declarações de Carlos César, para quem o Governo da República está a “desmantelar” as funções do Estado na Região e o PSD/Açores “não pode fingir que nada tem a ver” porque o partido integra o executivo nacional.
“O Governo Regional é que não pode fazer de conta que não tem nada a ver com isso, porque continua a ser o Governo dos Açores e tem que governar até outubro”, afirmou, acrescentando que “até haver outro, tem que ser este governo a falar, a dialogar e a encontrar as soluções adequadas com o Governo da República”.
Nas declarações que prestou aos jornalistas à margem de uma visita ao Lar da Santa Casa da Misericórdia da Lagoa, a líder regional social-democrata e candidata à presidência do Governo Regional reafirmou, por outro lado, que o PSD/Açores é “contra” a legislação sobre a reforma autárquica que foi publicada na quarta-feira em Diário da República.
“O PSD/Açores é contra esta lei e vai apresentar na Assembleia Legislativa uma resolução para que seja o parlamento regional a tomar posição sobre o assunto e a pedir a inconstitucionalidade do diploma”, afirmou.
Para Berta Cabral, “tem que haver uma lei própria para a reforma autárquica nos Açores, de acordo com o Estatuto Político-Administrativo”.
Lusa