A candidata do PSD à presidência da câmara de Ponta Delgada defendeu hoje que os processos de adopção têm de ser “mais céleres e menos burocráticos”, devendo a lei “valorizar mais os afectos”, dado que há muitas crianças que precisam urgentemente de uma família.
“É necessário desburocratizar os processos de adopção, acelerar esses mesmos processos. Não se pode levar uma eternidade para dar uma nova família e um lar a estas crianças e todos nós temos que ter em linha de conta essa preocupação. Defendo que a lei deve valorizar mais os afectos”, sublinhou Berta Cabral, no final de uma visita a uma casa de acolhimento de crianças abandonadas e vítimas de maus-tratos.
Esta casa de acolhimento é uma valência do Instituto de Apoio à Criança (IAC Açores) e acolhe actualmente 11 crianças, tendo a mais velha 16 anos e a mais nova apenas 1 ano de idade.
A visita a esta valência, segundo referiu Berta Cabral, serviu para “dar visibilidade a um trabalho que poucos conhecem, levado a cabo por uma instituição que tem um papel fundamental no apoio às crianças, que aqui encontram uma família, um lar e carinho. Uma instituição que, muitas vezes, se substitui ao próprio Estado”.
A casa de acolhimento temporário de crianças do IAC – uma moradia uni-familiar, que permite a convivência como se de um lar se tratasse – está, no entanto, a tornar-se pequena demais perante as inúmeras solicitações que têm surgido nos últimos tempos.
Neste espaço, porém, as crianças têm, além da sala de brincar, um recreio, uma sala onde algumas se podem encontrar com os seus progenitores, sala de estar e sala de jantar.
Berta Cabral chamou ainda a atenção para a necessidade de se apoiar cada vez mais as instituições que acolhem crianças abandonadas e maltratadas, sublinhando que a câmara de Ponta Delgada, por si presidida e à qual se candidata para mais um mandato, sempre apoiou e vai continuar a apoiar estas mesmas instituições.
Segundo a candidata à presidência da autarquia de Ponta Delgada, “nunca nos poupamos a esforços para colaborar com estas instituições, porque as crianças merecem que assim o façamos, e vamos continuar a apoiá-las no próximo mandato”.