A presidente do PSD/Açores considerou hoje que a escolha do próximo líder nacional do partido “não pode gerar problemas internos”, alegando que qualquer um dos candidatos “é melhor que o atual primeiro-ministro”.
“Não devemos fazer hoje algo que nos impeça de estarmos todos juntos amanhã. No dia seguinte às eleições, todos temos que remar para o mesmo lado. Primeiro, porque qualquer um dos nossos candidatos é melhor que o atual primeiro-ministro. Depois, porque a desgovernação socialista convoca o novo presidente do PSD para ser o próximo primeiro-ministro de Portugal”, afirmou Berta Cabral, no XXXII congresso nacional, que decorre em Mafra.
A líder dos social-democratas açorianos referiu que os militantes “não podem permitir que a escolha de uma solução seja, ela própria, geradora de novos problemas internos” e fez um apelo à “unidade” do partido.
Berta Cabral defendeu que é necessária “unidade e não unicidade”, dado que o PSD “é um grande partido também por causa da sua diversidade”.
A presidente do PSD/Açores sublinhou que “não há que temer o debate interno”, mas considerou que tem de se “exigir às candidaturas de hoje o sentido de Estado que reclamamos para a liderança de amanhã”.
“O nosso país precisa de um PSD à altura dos acontecimentos. Devemos colocar o nosso partido à frente dos nossos interesses pessoais ou de grupo. E devemos colocar o nosso país acima do interesse partidário”, frisou.
A líder social-democrata lembrou que “o nosso adversário é José Sócrates, é o PS, porque estes é que são os verdadeiros adversários do desenvolvimento nacional”.
Berta Cabral destacou que o PSD tem pela frente uma “missão patriótica”, que consiste em “credibilizar” o próprio partido, “afirmar a alternativa” à governação socialista e “melhorar a vida dos portugueses”.
“É preciso inverter o descalabro das contas públicas, devolver a confiança nas instituições, criar condições para estimular a iniciativa das empresas, aumentar o rendimento das famílias, promover a intervenção dos cidadãos”, afirmou.
Segundo a presidente do PSD/Açores, o próximo governo do PSD “tem uma tarefa de restauração nacional” e o novo primeiro-ministro de Portugal “tem que ser o contrário de Sócrates”.
“Tem que ser sério, credível, competente e consequente. Qualquer um dos nossos candidatos a líder do partido e a chefe do governo tem esses atributos essenciais”.
Berta Cabral acrescentou que o novo líder nacional do PSD “tem que ter também – e terá certamente – uma visão completa do país que somos, com sentido de Estado e consciência Autonómica”.
“A Autonomia é o instrumento nacional do desenvolvimento regional. E por isso o seu aprofundamento não é um capricho das Regiões. É um desígnio do Estado”, disse.