“Não se compra uma consciência à custa de uma assinatura. Peço aos açorianos que não se deixem amedrontar, assinem o que quiserem, mas votem onde entenderem”, afirmou Berta Cabral, frisando que “a última palavra cabe aos eleitores e o voto é secreto”.
Berta Cabral, que discursava em Ponta Delgada na apresentação dos coordenadores setoriais do Gabinete de Estudos do PSD/Açores, salientou que o partido se apresenta ao eleitorado “com um projeto político diferente” nas opções estratégicas e no estilo de atuação.
“Temos as pessoas connosco, mas temo-las de livre vontade. Não andamos pelos corredores do poder a pressionar a assinatura de documentos de apoio a candidaturas partidárias”, frisou.
Numa aparente alusão à opção socialista de não realizar um congresso para escolher o seu candidato, Berta Cabral frisou que, no PSD/Açores, “tal como a candidata a presidente do governo não foi escolhida de cima para baixo, o projeto político não é construído em circuito fechado”.
Para Berta Cabral, uma organização partidária “não pode ser totalitária”, antes deve ser “uma porta aberta para a sociedade”.
Na sua intervenção, a líder regional social-democrata recordou os contactos que o partido tem vindo a promover com a sociedade civil há cerca de dois anos, considerando que se sente “uma vontade de mudar que é transversal e crescente”.
“Todos reconhecem que esta é a hora de mudar, todos sabem que já não se espera nada de novo de quem está no governo velho, todos sentem que a mudança está do nosso lado”, afirmou.
Segundo Berta Cabral, nos últimos anos, o PSD “fez o trabalho de formiga, enquanto outros preferiram a canção da cigarra”, apontando o elevado nível de desemprego nos Açores como resultado dessa opção.
“Precisamos de uma governação inteligente porque precisamos de uma economia competitiva”, defendeu a presidente do PSD/Açores, apontando como desafios estratégicos a inclusão social, competitividade, excelência territorial, modernidade cultural e maioridade cívica.
Os quatro coordenadores setoriais do Gabinete de Estudos do PSD/Açores, são a economista Teresa Tiago (Desenvolvimento Sustentável), a deputada Lídia Bulcão (Poder e Cidadania), o arquiteto João Monjardino (Família e Sociedade) e o advogado Emanuel Medeiros (Projecção dos Açores para o Mundo).
Lusa