“O PSD está disponível para constituir governo com coligação ou acordos pós-eleitorais com os partidos que se aproximarem do PSD e oferecerem condições para formar governo”, frisou Berta Cabral, escusando-se a fazer mais comentários por entender que “tudo o que se disser agora pode crispar climas futuros”.
Questionada pelos jornalistas sobre a exigência colocada pelo líder regional do CDS-PP, Artur Lima, de ter “direito de veto sobre interesses partidários” para aceitar integrar um governo de coligação, Berta Cabral salientou apenas que “estar a impor condições ao PSD é reconhecer que o PSD vai ganhar” as eleições regionais previstas para outubro.
Numa recente entrevista ao jornal Público, Artur Lima afirmou que “em determinados lóbis da construção civil, em determinados concursos, o CDS terá direito de veto ou não vai para o governo”.
A candidata social-democrata visitou hoje a Escola Básica Integrada da Maia, no concelho da Ribeira Grande, onde reafirmou a importância da educação para um futuro executivo regional que venha a liderar.
“Os Açores precisam muito, especialmente com o desemprego jovem que têm, de formar as pessoas e dar-lhes as competências necessárias para poderem ultrapassar os constrangimentos que se verificam (no mercado de trabalho)”, afirmou, alertando para a “enorme falta de motivação” que existe entre alunos e professores.
No caso dos alunos, Berta Cabral defendeu que “é preciso repensar programas”, adaptando-os às necessidades do mercado de trabalho, mas também frisou a importância de “criar condições para que os alunos se sintam bem na escola”, nomeadamente “alterando métodos e formas” de transmitir conhecimentos.
Relativamente aos professores, reafirmou a necessidade de dar autoridade aos docentes, mas também frisou a importância da “estabilidade legislativa” e de se “regressar aos concursos anuais”.
“O PSD defende concursos anuais. Se funcionava, não havia razão para mudar”, afirmou, numa referência ao facto de o executivo regional socialista ter alterado a periodicidade dos concursos, que passam a realizar-se de quatro em quatro anos.
Nas declarações que prestou aos jornalistas, Berta Cabral abordou também a questão da RTP/Açores, reafirmando a oposição dos sociais-democratas à redução das emissões diárias para um período de apenas algumas horas.
Para a candidata e líder regional do PSD, a RTP/Açores é “fundamental para a unidade regional”, pelo que o serviço público “deve ser definido e tem que ser garantido”.
Lusa