“Eu acho que o primeiro-ministro é uma pessoa muito experiente politicamente, mas ele não pode ser o bombeiro de serviço e é o que tem sido. Penso que precisa de ter um Governo que lhe dê outra segurança política”, afirmou Berta Cabral aos jornalistas à margem de uma ação de rua em Santa Maria, no âmbito da campanha para as eleições regionais de 14 de outubro.
A líder do PSD/Açores e candidata à presidência do Governo Regional considerou que um primeiro-ministro “não pode ser o principal político do Governo, tem de haver outras pessoas a fazer esse papel” e a fazer “a triagem dos aspetos políticos, o que não tem sido feito até agora”.
Questionada sobre a necessidade de ocorrer uma remodelação no Governo da República, Berta Cabral apenas afirmou que não lhe cabe pronunciar-se sobre isso.
A dirigente social-democrata reafirmou ser completamente diferente de Pedro Passos Coelho em termos de personalidade, passado e sensibilidade social.
“Não tenho vergonha de o dizer. É a minha maneira de ser. É a minha personalidade, a minha postura e o meu passado”, disse, acrescentando que Passos Coelho “sabe desde a primeira hora que em primeiro lugar está os Açores, em segundo lugar está os Açores, em terceiro lugar está os Açores e só depois, muito depois, virão as lealdades partidárias”.
“Ele faz o mesmo e eu compreendo isso. Em primeiro lugar está o país e só depois está o Partido Social-Democrata”, sustentou.
Lusa