A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, destacou hoje as potencialidades do arquipélago ao nível de recursos marinhos, defendendo uma intervenção “mais atenta e persistente” que permita rentabilizar as investigações realizadas.
“Há, de fato, um grande potencial que tem que ser colocado em prática. O que se verifica é que há alguma dificuldade em passar da investigação à produção”, afirmou Berta Cabral em declarações aos jornalistas no final de uma reunião no Departamento de Biologia da Universidade dos Açores.
Para a líder regional social-democrata, “é importante que se estabeleçam parcerias de investigação, exploração e produção, através das empresas com as universidades e, eventualmente, com o envolvimento de alguns instrumentos financeiros, designadamente de capitais de risco, para concretizar estes projetos e tirar deles a devida rentabilidade”.
Berta Cabral destacou investigações realizadas na área das algas, das ameijoas e das cracas, mas também ao nível de espécies piscícolas como o lírio, o enxaréu e o goraz, frisando que se trata de espécies importantes para a alimentação, mas também para a exportação.
“Vivemos numa região com uma extensão de costa muito significativa, com recursos marinhos também significativos, mas temos que evitar a sobreexploração destes recursos”, afirmou, considerando, por isso, que a aquacultura é uma área “muito pertinente” e “do nosso tempo” em que têm apostado outras regiões marinhas.
Nesse sentido, referiu o caso das Canárias, que “têm um instituto de investigação marinha reconhecidíssimo a nível internacional”, acrecsentando que os Açores também possuem “um departamento de Biologia muito conceituado, que é dos melhores do país nos rankings das universidades e dos respetivos cursos”.
Na sua qualidade de candidata do PSD a presidente do Governo dos Açores nas eleições regionais de outubro, Berta Cabral assumiu que se empenhará “na evolução e no desenvolvimento desta área complementar à atividade piscatória e de relevante importância”.
Lusa