A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, afirmou hoje que os socialistas têm motivos para estar “nervosos” neste ano de eleições regionais, mas salientou que a política tem limites e “não vale tudo”.
“O PSD tem razões para estar confiante. O PS tem razões para estar nervoso, mas a ânsia de se agarrar ao poder não lhe dá o direito de mentir aos açorianos ou de desrespeitar os adversários”, afirmou Berta Cabral numa intervenção no seminário que encerrou as Jornadas Parlamentares do PSD/Açores, na Madalena do Pico.
Para a líder regional social-democrata, “há princípios e valores que devem ser praticados por todos”, defendendo que “a luta política tem limites e esses limites são a verdade e o respeito”.
“A política sem verdade não serve, tanto quanto a economia sem verdade não funciona”, frisou, considerando que “na política, como na economia, mais tarde ou mais cedo, a verdade vem sempre ao de cima”.
Berta Cabral defendeu que os agentes económicos precisam de conhecer “com verdade” a realidade para poderem definir estratégicas para enfrentar os obstáculos, mas também frisou que os empresários “precisam de um governo que liberte a economia, deixando á iniciativa privada o que ela sabe fazer de forma muito mais eficiente do que o governo”.
“O protagonismo tem de estar nas empresas, nos empresários, nos trabalhadores”, defendeu, recordando a proposta do PSD/Açores para a criação de um fundo especial para a reestruturação das empresas através do redireccionamento das verbas do atual Quadro Comunitário de Apoio.
Berta Cabral acusou o presidente do governo regional e líder do PS/Açores, Carlos César, de ter “ciúmes” do encontro que teve há cerca de uma semana com Durão Barroso onde esta questão foi tratada, mas frisou que este “não é tempo de politiquices, é preciso salvar as empresas para salvar o emprego”.
A líder regional social-democrata afirmou que o seu partido “está cada vez mais bem preparado para governar os Açores e assegurar um desenvolvimento verdadeiro em todas as ilhas”, recordando as reuniões e encontros que tem mantido com representantes de várias áreas da sociedade e da economia.
Relativamente às novas tecnologias, que foram o tema das jornadas parlamentares que hoje terminam, Berta Cabral considerou que “devem ser convenientemente exploradas nos Açores”.
“Neste setor não podemos senão apontar para a excelência”, frisou, defendendo que “avançar para um estádio de modernidade e desenvolvimento nos Açores exige a realização de uma aposta forte nas tecnologias da informação e do conhecimento”.
Lusa